Constitui recurso estilístico não só a expressão pessoal de um autor ao utilizar a língua de uma forma artística, como as chamadas figuras de estilo, modos de dizer já categorizados, com características específicas. Sempre que se recorre às potencialidades da língua para construir uma frase bela, emocionante, expressiva, que traduza a realidade de uma forma criativa, estamos perante um recurso estilístico.
Assim, são recursos estilísticos:
1 – A utilização de uma adjectivação sugestiva, a ligação inusitada de um substantivo a um adjectivo, o uso de uma pontuação que sugira o estado de alma, a opção por uma sequência de vocábulos de um determinado campo semântico, a utilização de processos enfáticos, etc.
2 – As figuras de estilo:
a) A nível fónico: aliteração, assonância, onomatopeia, paronomásia, rima, ritmo;
b) A nível morfossintáctico: anacoluto, anadiplose, anáfora, anástrofe, assíndeto, diácope, disjunção, elipse, enumeração, epanadiplose, epanalepse, epífora, gradação, hendíadis, hipérbato, metalepse, paralelismo, pleonasmo; polissíndeto, quiasmo, reduplicação (epizeuxe), silepse, sínquise, zeugma;
c) A nível semântico: alegoria, alusão, animismo, antanáclase, antífrase, antítese, antonomásia, apóstrofe, comparação, disfemismo, epifonema, eufemismo, exclamação, hipálage, hipérbole, imagem, interrogação retórica, ironia, litote, metáfora, metonímia, oximoro, paradoxo, perífrase, personificação (prosopopeia), sinédoque, sinestesia.