A retórica é a arte da eloquência, ou seja, a arte de bem argumentar.
As exclamações e as interrogações, quando bem utilizadas, tornam o discurso muito mais emocional e apelativo.
Os oradores que usam bem as exclamações e as interrogações não deixam os seus ouvintes adormecerem.
N..E. (01/06/2021) – Do ponto de vista literário, uma exclamação aparece associada à apóstrofe, ou seja, a uma interpelação: «Ó glória de mandar! Ó vã cobiça/Desta vaidade, a quem chamamos fama!» (Os Lusíadas, Canto IV, 95, vv. 1/2). A exclamação também ocorre sob a forma de epifonema, «exclamação final em tom sentencioso com que um escritor ou um orador termina o seu texto ou discurso», cujo conteúdo se concentra «em juízos de valor didáctico que alguém pretende impor sobre o seu próprio discurso, que deve preparar o ouvinte ou o leitor para essa conclusão» (Carlos Ceia, "Epifonema", E-Dicionário de Termos Literários, consultado em 01/06/2021). Exemplo: «É necessário dizer-se, todavia, que aqui há talento! Há mesmo muito talento, uma habilidade de ofício maravilhosa, uma presteza de mão que surpreende, uma técnica de rima, uma abundância de cor, uma arte no detalhe que maravilha. Somente, nestes milhares de versos admiráveis — não há um verso poético: estes poetas não têm poesia; e, entre tantos talentos, não há uma só alma! (in Notas Contemporâneas, Círculo de Leitores, Lisboa, 1981, pp.166-167)» – ibidem.