Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Pelourinho
Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
Será que estamos mesmo  em Portugal?
Depois do Clean & Safe , eis o Teach for Portugal e o Play...

Tem algum sentido dar um nome inglês a uma iniciativa que visa o esclarecimento dos alunos da escola pública em Portugal para com os cuidados relacionados com a propagação do covid-19, no seu regresso às aulas presenciais? É o mesmo absurdo de chamar Play aos prémios para o que «melhor se faz na música portuguesa»... em Portugal.

E para a Amália, não vai uma vírgula?
A elevação da homenagem também está na escrita

O concerto de comemoração do centenário de Amália Rodrigues, transmitido pela RTP, foi intitulado «Bem-vinda sejas Amália», esquecendo a vírgula a separar o vocativo dos restantes elementos da frase. 

<i>Clean & Safe</i>
Selo pró-turismo em Portugal... em inglês

Ao selo atribuído pelo Turismo de Portugal como certificado da higiene e limpeza dos estabelecimentos abertos ao público em contexto de covid-19 foi dado o nome inglês de Clean & Safe . A língua portuguesa ficou, mais uma vez, em segundo plano. 

Excelente a lei. O pior é a sua (não) aplicação
Um caso, entre tantos, da subalternização comercial do português

Nove línguas –  até em polaco e russo! – ... menos em português num manual de instruções de um amplificador de rádio, comercializado em Portugal?!

 Malvado vírus!...
... que nem a distância recomendada lhe escapou.

Até com a cedilha e o acento circunflexo há que respeitar a distância q.b. à covid-19!...


“Pérolas” da língua portuguesa
Erros primários que saltam do ecrã

Uma confusão absurda no uso da expressão «ouvidos de mercador» e um erro primário na conjugação do verbo manter neste apontamento da professora Arlinda Mártires sobre um deslize que passou na RTP3.

O ponto abreviativo... sempre tão esquecido
Obrigatório em qualquer abreviação

Mais um exemplo em que a omissão do obrigatório sinal abreviativo numa ordenação classificativa  – 1.º, 2.º, 3.º, 4.º...– faz (a)parecer um quadro da meteorologia com os respetivos graus da temperatura...

As voltas trocadas do «mais bem» e do «melhor»
Comparativos de bem e de bom

Desencontros recorrentes na televisão portuguesa com o emprego do melhor (comparativo de bom) e do  mais bem (comparativo de bem). 

 

A bomba atómica e o combate científico e da medicina...
... com a confusão entre dois nomes japoneses

À volta da covid-19, muitos são os termos, as doenças e síndromes emergentes no espaço público. É o caso aludido na imagem ao lado –   uma doença inflamatória pouco comum que afeta principalmente crianças até aos cinco anos de idade –, com o nome confundido com uma das cidades japonesas bombardeadas com o único ataque nuclear perpetrado na História da Humanidade, realizado pelos  Estados Unidos  na II Guerra Mundial, em agosto de 1945.

Como (não)  publicar erros gramaticais
O verbo haver e os seus tratos de polé
Por José Mário Costa/Sara Mourato

O pobre do verbo haver, volta e meia, lá tem de vir  para o Pelourinho... Não ele, sem culpa nenhuma, mas por causa de quem faz tábua rasa do – provavelmente –  normativo mais básico da gramática.