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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

O caso tem tido certo impacto mediático em Portugal. Num concurso televisivo, deu-se como certa uma estranha versão do provérbio tradicional «dezembro frio, calor no estio», substituindo estio, ou seja, verão, por estilo, talvez em resultado de uma gralha, também reproduzida com descuido algures na Internet. Perante a falta de sentido da suposta variante – «dezembro frio, calor no estilo» –, houve quem mobilizasse a sua competência hermenêutica e engendrasse com originalidade inegável a coerência da nova formulação, conseguindo encontrar ecos da moda outono-inverno numa frase que, afinal, alude à importância do ciclo das estações num mundo outrora rural. A este episódio, dedicou o programa A Voz do Cidadão (RTP 1) uma reportagem na sua emissão de 19/10/2013, a qual, para devolver o velho provérbio à sua forma de sempre, contou com a participação da nossa consultora Sandra Duarte Tavares (o vídeo pode ser visto aqui).

 

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Os erros que afetam o emprego do verbo haver estão de tal modo enraizados, que, inesperadamente, acabam por atraiçoar diferentes figuras públicas nos piores momentos. A propósito de tal situação, Pedro Mateus mostra aos incautos, num novo texto disponível no Pelourinho, como todo o cuidado é pouco com o barbarismo "hadem", autêntica palavra maldita, que, infelizmente, muitas vezes ocorre na oralidade em lugar da forma correta, «hão de» (já sem hífen, conforme o Acordo Ortográfico de 1990). Ainda sobre questões de norma, no consultório dedica-se especial atenção à regência verbal e às dificuldades encontradas pelo aportuguesamento de topónimos estrangeiros muito pouco usados, além de se comentar um provérbio.

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Celebra-se no dia 19 de outubro de 2013 o centenário de Vinicius de Moraes (1913-1980), figura de primeiro plano da cultura brasileira contemporânea. Reconhecido enquanto poeta, compositor e diplomata, Vinicius, natural do Rio de Janeiro, é um dos principais artífices do sucesso que, a partir da década de 50, a bossa nova começou a granjear um pouco por todo o mundo. A boémia e uma vida amorosa intensa marcaram o percurso de Vinicius de Morais, que encetou diversas e prolíficas parcerias artísticas com outras figuras de vulto da cultura brasileira, entre as quais Tom Jobim e Toquinho. Celebremos nós também esta efeméride, recordando uma das suas mais famosas composições, Chega de Saudade.

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Neste dia, o consultório recebe atualização com duas respostas sobre sintaxe, uma questão a respeito da divisão silábica da palavra igual e outra, ainda, acerca do lugar de doravante entre a classe dos advérbios.

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Costuma dizer-se que a palavra saudade é intraduzível, mas o facto é que o complexo de emoções a que este substantivo faz referência também encontra expressão noutras línguas. A propósito deste tema, a rubrica O Nosso Idioma disponibiliza uma crónica do escritor e professor universitário Fernando Venâncio, que, indo da soidade galega à saudade lusófona, acaba por mostrar que os falantes de português estão mais acompanhados na solidão e na nostalgia do que imaginam (texto original publicado no número de setembro de 2013 da revista Ler). O consultório fica igualmente atualizado com a entrada de quatro novas respostas, que retomam tópicos sobre ortografia, concordância, negação e funções sintáticas.

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«Ensinamos o português segundo a norma portuguesa, mas esta não consegue explicar as especificidades do nosso português. Há hoje uma série de dados. Há necessidade do levantamento de todas essas marcas e daí começar a pensar na norma do português de Angola.»

Assim se refere aos desafios enfrentados pela língua portuguesa em Angola a professora Amélia Mingas, decana da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto e antiga diretora do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (entre 2006 e 2010), numa entrevista conduzida pelo jornalista Edno Pimentel e publicada no semanário angolano Nova Gazeta (edição de 10/10/2013). Pelo seu interesse, este trabalho passa a estar também disponível nestas páginas, repartido pelas rubricas O Nosso Idioma e Diversidades.

No consultório, as respostas concentram-se na dificuldade em distinguir prefixos, falsos prefixos e radicais, retomando ainda o problema da forma tcheco, preferida no Brasil, mas rejeitada em Portugal e noutros países lusófonos, onde se escreve checo.

As atualizações do Ciberdúvidas podem ser igualmente consultadas no Facebook e através de uma aplicação para smartphones.

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A Ciberescola da Língua Portuguesa e os Cibercursos mantêm abertas as inscrições nos cursos individuais de Português Língua Estrangeira (todos os níveis de proficiência). Destinadas a estudantes estrangeiros que pretendem melhorar as suas competências em língua portuguesa, estas aulas organizam-se em unidades mensais constituídas por 4 aulas individuais (1 hora cada) por meio de chamada por Skype, com interação aluno-professor em tempo real. Aos alunos que se encontrem no nível de iniciação são atribuídos semanalmente 30 minutos adicionais*.

Recorde-se que a atividade da Ciberescola abrange ainda um programa de aprendizagem colaborativa (Tandem Learning Programme) bem como a oferta de recursos diversificados para apoio do ensino do Português (língua materna e língua não materna), incluindo testes diagnósticos e outros materiais de aprendizagem, como este vídeo, sobre fraseologias com base no verbo fazer:

*  Informação em inglês disponível nas páginas dos Cibercursos da Língua Portuguesa./Further information available in English on the Cibercursos da Língua Portuguesa website.

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Nas notícias sobre o chamado «(US government) shutdown», no contexto do diferendo entre o presidente dos Estados Unidos,  Barack Obama, e a maioria republicana da Câmara (ou Casa) dos Representantes, seria conveniente que a comunicação social de expressão oficial portuguesa evitasse o anglicismo e convergisse no uso de termo equivalente na nossa língua. Há todo um leque de possibilidades: desligamento, fechamento, fecho, corte, paralisação e, até, o bem expressivo apagão. E há, ainda,  encerramento ou suspensão, subentendendo «da administração pública» ou «dos serviços públicos» ou ainda, como faz o semanário português Expresso, «de serviços públicos federais não essenciais». Em Espanha, a Fundéu (Fundación del Español Urgente) recomenda, como alternativa a shutdown,  a expressão cierre (de la Administración federal), ou seja, «encerramento da administração federal», ao mesmo tempo que admite, para evitar repetições vocabulares, as expressões «suspensión, parada o cese (de las actividades de la Administración)», o mesmo que, respetivamente, suspensão, paragem (ou paralisação) e cessação – subentende-se das atividades da administração (em português, não se vê razão para exigir a maiúscula inicial obrigatória em administração). Considerando que uma língua próxima do português como o espanhol é uma boa fonte de exemplos de práticas de vernaculização e que encerramento e suspensão possuem um apreciável grau de coincidência morfológica e semântica com as mencionadas palavras espanholas, perfilam-se estes substantivos, para já, como alternativas ao escusado anglicismo.

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Na semana em que a Academia de Estocolmo anuncia os nomes dos vencedores das diversas categorias dos Prémios Nobel 2013, assinalamos uma importante efeméride da língua portuguesa. Há precisamente 15 anos, José Saramago recebia o Prémio Nobel da Literatura, atribuído então, pela primeira vez, a um escritor de língua portuguesa. Figura incontornável da literatura mundial da segunda metade do século XX, Saramago, falecido em 2010, foi um escritor prolífico que viu muitas das suas obras traduzidas nos principais idiomas, algumas das quais adaptadas para cinema. Autor polémico, nacional e internacionalmente, tornou-se mesmo assim um dos maiores embaixadores da língua portuguesa ao nível internacional.

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Na Alemanha, a literatura em língua portuguesa é alvo da atenção que merece. De 8 a 13 de outubro, decorre a edição de 2013 da Feira do Livro de Frankfurt*, na qual o Brasil é país convidado. A cerimónia oficial de abertura foi preenchida pelo discurso do escritor brasileiro Luiz Ruffato (1961, Cataguases, Minas Gerais), que, comentando o tema das contradições da sociedade brasileira, sublinhou o papel transformador que a palavra literária tem no mundo (texto disponível aqui).

* Em português, apesar da disponibilidade da forma tradicional Francoforte, verifica-se que o uso tem imposto a forma alemã Frankfurt. Seguimos esta tendência, uma vez que a expressão «Feira do Livro de Francoforte» parece atualmente ausente do discurso da comunicação social e Frankfurt é como se nomeia a cidade em apreço noutras áreas profissionais (a de turismo e viagens, por exemplo).