Otário, ou a gíria em viagem
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Otário, ou a gíria em viagem
Otário será o macho da otária? Ou é antes o mesmo que «(um indivíduo) tolo, bronco»? Ainda acerca de histórias de palavras, assinalamos um artigo de J. R. Guzzo publicado na revista Veja, no qual, tecendo considerações críticas sobre o Brasil, o autor se refere à importância do lunfardo, isto é, da gíria (ou do calão) de Buenos Aires, como fonte de empréstimos que viajaram até àquele país. Entre tais palavras, muitas delas transferidas para outras variedades do idioma, encontra-se...
Palavras que vêm de longe
Esquecemo-nos frequentemente de que as palavras do português têm histórias díspares que são, afinal, o reflexo do percurso das nações que o usam. A herança linguística dos Romanos explica, por exemplo, que o vocábulo urso compartilhe a mesma raiz com o arménio arj, idioma também pertencente à família indo-europeia. Mas foi o contacto direto com a China que levou os Portugueses de Quinhentos a dizer chá, em vez de algo mais parecido com o té espanhol ou o tea...
Palavras esdrúxulas, ou graves?
Palavras como história, área ou vário, que têm encontros vocálicos átonos em posição final, têm um acento gráfico que as torna aparentemente esdrúxulas (ou proparoxítonas), mas a verdade é que podem ser encaradas como graves (ou paroxítonas), e daí chamar-se-lhes «falsas esdrúxulas». A esta particularidade alude uma das novas respostas do consultório, onde se esclarecem ainda dúvidas sobre o uso do particípio passado sujeito e a locução...
Criatividade e erro na formação de palavras
Neste dia, a rubrica O Nosso Idioma divulga um artigo de Fernando Venâncio, professor universitário, crítico literário e escritor português, que mostra como a necessidade expressiva e a criatividade foram fatores decisivos na construção dos muitos derivados do substantivo posse (texto original publicado no número de outubro de 2013 da revista Ler). No Pelourinho, Paulo J. S. Barata assinala, no entanto, os limites dessa inventividade com um caso de confusão entre os prefixos...
Erros tóxicos
De Angola chegam ecos de uma "intochicação" generalizada nas escolas, de tal maneira, que é urgente lembrar a pronúncia mais adequada deste substantivo: into[ks]icação. É este o erro em foco numa nova crónica de Edno Pimentel, disponibilizada em O Nosso Idioma (texto original publicado na coluna Professor Ferrão do semanário angolano Nova Gazeta, em 7/11/2013). Equívocos sobre pronúncia e ortografia também assaltam o consultório:...
Sopa nos idiomatismos
Adorada ou odiada, quem diria que a sopa dá alimento à criatividade linguística? Enumeremos rapidamente algumas expressões idiomáticas que lhe fazem alusão: – em Portugal, «levar sopa» significa «ser mal sucedido», sobretudo quando se trata de planos amorosos, mas no Brasil «dar sopa» pode encorajar certos avanços; – muito triste é «estar às sopas de alguém», porque se vive da (incerta) caridade dessa pessoa; – já a expressão «cair como sopa no mel» tem franca conotação positiva, aplicando-se a acontecimentos ocorridos de...
Cuidado com as vogais (átonas)!
Pode afirmar-se que a maneira de pronunciar as vogais em sílaba não acentuada (átona) é factor de contraste no mundo de língua portuguesa. Atualmente, distinguem-se dois padrões: o brasileiro, de vocalismo normalmente bem audível, apesar de variações regionais; e o europeu, cujas vogais nessa posição parecem sussurradas por efeito da sua neutralização, padrão este que, de forma mais ou menos aproximada, tem sido seguido noutros países onde o idioma tem estatuto oficial. Assinale-se, portanto, o caso dos topónimos...
Em linha, para aprender português
A Ciberescola da Língua Portuguesa e o sítio associado Cibercursos têm reforçado a sua proposta de ensino e aprendizagem, quer com os já aqui referidos cursos individuais em linha de Português Língua Estrangeira (cujas inscrições se mantêm abertas), quer pela expansão do leque de recursos em linha oferecidos – testes diagnósticos, exercícios, vídeos, aulas em videoconferência. Para compreender melhor o funcionamento desta plataforma de apoio ao ensino e à aprendizagem da língua portuguesa (materna e não materna), fazemos...
Como foi aqui anunciado, o VI Congresso Internacional da África Lusófona e o I Encontro da África Global realizam-se em conjunto de 5 a 7 de novembro de 2013, em Lisboa, na Universidade Lusófona (Auditório Agostinho Neto). O programa destes dois encontros visa a discussão de questões atuais das sociedades africanas, lusófonas e não lusófonas, bem como de temas da sua historiografia....
Palavras estrangeiras, é evitá-las?
Será que todos os estrangeirismos são um atentado à integridade da língua? Em artigo publicado na revista brasileira Língua Portuguesa, com o título Patriotismo linguístico, o etimologista Mário Viaro sintetiza a história do léxico português, para depois salientar o contributo das comunidades de imigrantes (italianos, espanhóis, alemães, sírio-libaneses, japoneses) para a sociedade multicultural do Brasil. A conclusão de Viaro surpreende por polémica, apesar de interpretável como apelo a uma...
