Pode dizer-se que as regras de formação de palavras do português permitem a construção de "imphotoshopeável" (ou "imphotoshopável")1. Contudo, formas como esta, que incluem na sua estrutura palavras estrangeiras, só em certos casos, que envolvem nomes próprios pessoais, são aceites sem restrições pela norma-padrão. Participando uma palavra de origem inglesa – Photoshop – na construção em "imphotoshopeável" e sabendo que este nome inglês, se bem que referente a uma marca, não é um nome próprio de pessoa, torna-se difícil aceitar tal neologismo2.
Observe-se que, num escasso número de páginas na Internet, é possível encontrar “fotoshopar” e "fotoshopear" (mais corretamente grafadas "photoshopar" e "photoshopear", tendo em conta a grafia inglesa), base de derivação dos adjetivos “fotoshopável” e "fotoshopeável", donde finalmente se derivam por prefixação "imphotoshopável" e "imphotoshopável". Mesmo assim, nenhuma destas formas se encontra dicionarizada, ao contrário de outros termos oriundos da área da informática/novas tecnologias, tais como googlar ou chat (com alguma controvérsia). Tal pode dever-se em parte, pensamos, à relativa novidade que constitui o software em questão, mas também devido a opiniões mais conservadoras, que podem não aceitar a base de origem estrangeira sobre a qual se formam "fotoshopar" ou "fotoshopear".
Assim sendo, em alternativa a "imphotoshopeável", o mais aconselhado é usar construções como «usar o Photoshop» ou «editar com o Photoshop».
1 A aceitar-se este neologismo, a grafia correta será "imphotoshopeável", e não "infotoshopiável", visto que o nome inglês Photoshop, que é a base de "photoshopear" (verbo donde "inphotoshopeável" deriva indiretamente, por intermédio do "photoshopeável"), se escreve com ph, e não f. O prefixo in- ocorre sob a forma im-, visto ser seguido de p, muito embora este constitua, em inglês, um dígrafo com h, representando uma fricativa labiodental surda (símbolo fonético: [f]), passível de estar também em correspondência com o grafema f .
2 Poderia propor-se ainda o aportuguesamento de Photoshop como "fotoxope", de modo a dar-lhe feição gráfica e fonética mais vernácula, mantendo-a num derivado como "infotoxopeável". Esta não deixa de causar estranheza, sobretudo pelo facto de o nome ser usado na sua ortografia original, muito embora haja quem já o adapte parcialmente, escrevendo "Fotoshop". Mas fica feita a sugestão, se alguma vez tal neologismo se expandir e consolidar no uso (agradecimentos a Luciano Eduardo de Oliveira pelos comentários que nos transmitiu).