A próclise, a mesóclise e a ênclise estão sujeitas a regras estipuladas pelas gramáticas; por exemplo, a gramática de Evanildo Bechara, Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro, Editora Lucerna, 2001, 37.ª ed., p. 587.
A próclise, que é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo, está condicionada pelos seguintes casos:
– com palavras ou expressões negativas.
– com conjunções subordinativas.
– com advérbios.
– com pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.
– em frases interrogativas.
– em frases exclamativas ou optativas que transmitam desejo.
– com o verbo no gerúndio antecedido da preposição em.
No caso apresentado, «Ele afirmou que se usa assim», está-se perante uma frase complexa constituída por uma oração subordinante e outra subordinada substantiva completiva (onde se usa a próclise). Respeita, pois, a regra gramatical. A junção dos novos elementos ao enunciado não modifica a relação de subordinação entre as duas orações e as funções sintáticas que se estabelecem, razão pela qual a próclise se deve manter, independentemente do quão longe possa estar o verbo do “termo atrativo”. Por este motivo, sabendo-se que a ênclise [colocação do pronome átono depois do verbo] se deve utilizar com:
– verbo no infinitivo;
– verbo no início da frase;
– verbo no imperativo afirmativo;
– verbo no gerúndio [excetuando quando vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, dando-se a próclise];
– verbo no infinitivo impessoal;
considera-se que a próclise está correta em todas as frases apresentadas, e não a ênclise, apesar de o emprego da pŕoclise e da ênclise poder ter diferença em Portugal e no Brasil, como o Ciberdúvidas já referiu noutras respostas anteriores. Por exemplo, aqui e aqui.