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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Celebra-se hoje o Dia Internacional da Língua Materna. A data foi instituída em 1999 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

«Os idiomas são importantes!» é o slogan da campanha que se estenderá até Dezembro.

Por cá, a data é assinalada com a realização do Seminário sobre Ensino Bilingue e Línguas Maternas (ILTEC).

2. A TV Galiza produziu e apresentou em Lisboa Terras de Acolá, uma série documental em 13 episódios, consagrada à descrição da realidade dos países lusófonos: língua, costumes e gentes. A exibição desta série pela RTP está prevista para Março.

Ler também:

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Há uma frase feita, frequentemente usada no meio académico, muito útil a quem estuda e investiga: «A nossa ignorância é infinita.»

É de admitir que o serviço de um consultório linguístico se pode extinguir por se chegar a um ponto em que as dúvidas se desvanecem por completo?

Tal nunca acontecerá: sobre uma resposta pode sempre recair outra pergunta: «E porque é que...? E como é que...?»

Por exemplo:

— e... que factores conduziram a que ronha — doença parecida à sarna — passasse a significar astúcia?
— e... como é que palavras com a mesma forma de base podem ter significados tão díspares?
— e... são só os plebeus que usam plebleísmos?
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1. José António Pinto Ribeiro, novo ministro da Cultura português, é de opinião que, para além de moratórias ou protocolos, serão os movimentos do mercado editorial que vão ditar a aplicação do Acordo Ortográfico.

2. Na actualização das respostas deste dia marcam presença as expressões idiomáticas — reveja algumas:

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Como travar conhecimento com uma palavra que não nos é, à partida, familiar? Uma das portas de entrada é conhecer o seu percurso de vida: de onde virá, por exemplo, a palavra aboletar-se?

Mas atenção que até as palavras conhecidas nos podem pregar partidas...

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De pequenino se torce o pepino ou de pequenino se torce o destino — como canta Sérgio Godinho (1976)?

Respeitar e promover a língua pode passar também por manipulá-la criativamente nas suas formas e sentidos.

A recriação de provérbios é um bom exemplo disso.

Inútil dormir que a dor não passa
Aja duas vezes antes de pensar
Brinque com meu fogo       
Venha se queimar

(Chico Buarque)

A mulher e a sardinha, tanto faz grande como pequenina.
A rires-te assim tão contente, ainda te salta um dente.
Endireitar bananas e torcer pepinos são coisas de asininos.

(Tomás Lourenço, Provérbios Pós-Modernos, Âncora Ed.)

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Os deputados da Assembleia da República de Portugal vão assistir a uma sessão de esclarecimento sobre o Acordo Ortográfico — sessão que ainda não tem data marcada.

Está em causa a assinatura, por Portugal, do segundo protocolo modificativo, assinado já por três países — Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe — o número de assinaturas suficiente para que o Acordo esteja em vigor.

Entretanto, Vasco Graça Moura dá continuidade ao seu levantamento dos pontos fracos do texto do Acordo.

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Verifica-se que, apesar de recebermos muitas perguntas em que os consulentes procuram apenas saber qual a classificação ou a ordenação correcta dos elementos de uma frase,  muitas vezes as respostas publicadas aqui têm de dar um pano de fundo explicativo que desvele factores complexos, relativos à construção hierárquica e dependencial dos constituintes frásicos. A sintaxe não pode, pois, ser pensada como a área da linguística destinada a pôr etiquetas em partes de frase (sujeito, complemento directo, indirecto, aposto, etc.); a sintaxe está implicada na interpretação de frases e de sequências de frases.

Veja-se como:

uma dada ordenação dos segmentos frásicos  está directamente implicada na referenciação temporal dos eventos;

uma completiva pode actualizar indicativo ou conjuntivo, daí decorrendo diferentes leituras do verbo da oração superior;

estar, ficar, permanecer, por exemplo, podem funcionar como verbos copulativos ou como verbos de significação definida, em função do modo como os constuintes da frase se co-determinam.  
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1. Divulgamos, neste dia, a visão positiva de José Eduardo Agualusa (na foto) relativamente à aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em Angola. Defende o escritor angolano que, caso o Acordo não vá avante, o melhor será que Angola opte pela grafia brasileira e ironiza sobre as hesitações de Portugal quanto a este assunto.

2. Das perguntas/respostas do consultório, relevamos a descrição das regras da redacção de uma carta de protesto: faz sempre falta — em qualquer tempo e lugar.

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1. «Em breve o Governo [português] tomará uma posição concreta» sobre sobre a ratificação do protocolo modificativo do Acordo Ortográfico – prometeu o  ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, em declarações deixadas ao semanário  "Expresso" (9/02/08). Dada a divisão das autoridades de Lisboa na questão – reconheceu ainda Luís Amado – «é natural que a chegada a uma solução se prolongue por mais alguns meses».

2. Há neologismos que têm uma longevidade muito breve: vale a pena ponderar se esse não será o caso das palavras profissionalidade e desorçamentação.

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Em 24 de Novembro de 2007, o Expresso noticiava o compromisso do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, de levar a ratificação do protocolo modificativo do Acordo Ortográfico a Conselho de Ministros, até ao final do ano.

Não aconteceu: o último Conselho de Ministros adiou esse ponto da sua ordem de trabalhos "sine die".Em entrevista à Antena 1, no dia 7 de Fevereiro, o chefe da diplomacia portuguesa  veio dar finalmente uma explicação oficial: a controvérsia sobre o Acordo Ortográfico divide também o Governo de Lisboa. Ficou  de qualquer modo a promessa de a questão voltar a ser analisada «brevemente»  em articulação com o Ministério da Educação, o Ministério da Cultura (agora com um novo tiular) e o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Ficam entretanto em linha mais dois artigos sobre o tema: