1. Merece destaque, neste dia, o relance histórico, traçado por D. Ximenes Belo, bispo emérito de Díli, sobre o papel da Igreja da radicação da língua portuguesa em Díli, desde o séc. XVI até ao início do séc. XX. O Nobel da Paz deixa também anotadas as medidas urgentes a tomar para que o português não venha a ter uma representação irrelevante, face ao indonésio ou ao inglês.
2. Para quem se interessa por literatura medieval e etimologia, está disponível, em edição brasileira, o Dicionário de Português Medieval, de Joaquim Carvalho da Silva.
1. Na Catalunha, Espanha, cursos de língua portuguesa para fins específicos estão a ter uma significativa adesão por parte de jovens e adultos. O português pode vir a ser uma língua proeminente na comunidade multilingue de falantes que se pretende para a União Europeia, dado que é uma língua com mais-valia nas relações Europa-América Latina.
2. Para estancar a reprodução de um erro persistente, nada há como inventariar exemplos abundantes de construções em que esse erro possa ocorrer. É isso que faz Joaquim Vieira, provedor do leitor do Público.
3. Maria Regina Rocha dedica espaço alargado à análise dos aspectos mais controversos do Acordo Ortográfico:
1. Sabia que Luís António Verney, em 1746, já defendia a eliminação do H e das consoantes duplas mudas? Este é um dos aspectos invocados pelo Professor Fernando Cristóvão, num texto editado aqui em exclusivo, onde se mostra que a ortografia nada tem de «dogmaticamente divino» ou «intangível».
2. Entretanto, um estudo, encomendado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, diagnostica falta de organização e consistência das medidas políticas de promoção da língua portuguesa adoptadas nas últimas décadas.
3. Se tem consciência de que o português tem palavras e expressões sem correspondência nas outras línguas, ainda que românicas, saiba também que essa característica não é exclusiva da nossa língua. Só um exemplo: para traduzir bigode para albanês, o tradutor tem 10 termos à escolha...
1. Relevamos, neste dia, a análise, pelo nosso consultor D´Silvas Filho, de algumas reacções, em Portugal, à assinatura do II Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico.
2. Para nos inteirarmos do valor semântico de palavras e expressões, para além da consulta do dicionário, é útil dar conta dos contextos em que tais expressões aparecem.
Permitam-nos o exercício:
«Atestarmo-nos com copos de três, à revelia do bom senso, entorpece a percepção e desfoca-nos o escopo.»
3. O dia 22 de Maio é feriado em Portugal, e por isso só retomaremos as nossas actualizações na próxima segunda-feira, 26 de Maio.
1. Há vários patamares de integração de um empréstimo na língua de recepção: fonético-fonológico, gráfico, morfossintáctico e semântico. Em muitos casos, o empréstimo entra pela via do registo técnico-científico e depois passa para o linguajar comum. Mas é possível observar que, não raro, se adopta uma forma de outra língua apenas pela comodidade de não ter de procurar a forma vernácula correspondente. Será o caso de "correctude".
2. Pois não querer dizer sim, e algum pode ter o valor de nenhum: um falante nativo do português usa estas formas irreflectida mas eficazmente, ao passo que, a um falante não nativo, casos como estes têm de ser explicados e exercitados. Eis apenas um ínfimo exemplo de como o ensino de uma língua materna difere largamente do ensino de uma língua estrangeira.
1. A Academia Brasileira de Letras e a Fundação Luso-Brasileira congratulam-se com a aprovação do Acordo Ortográfico em Portugal. Entretanto, o ministro da Educação do Brasil vai propor a Portugal a definição de um cronograma conjunto para a efectivação da reforma.
Em Portugal, os professores de Português começaram já a solicitar esclarecimentos ao Ministério da Educação sobre o tempo e o modo de abordar as mudanças ortográficas no contexto educativo.
2. A propósito do tema do encontro comemorativo que assinala os 20 anos do ILTEC (Instituto de Linguística Teórica e Computacional), vale a pena dar conta de como a escrita, na comunicação digital, está a mudar de uma maneira vertiginosa.
1. O parlamento português aprovou neste dia, com os votos favoráveis do PS, PSD, Bloco de Esquerda e sete deputados do CDS, o II Protocolo do Acordo Ortográfico.
O ministro da Cultura português José António Pinto Ribeiro reiterou o período máximo de seis anos de transição completa para a nova ortografia.
2. Entretanto, continuamos aqui a reportar diferentes tomadas de posição sobre o Acordo Ortográfico:
O professor universitário João Andrade Peres alerta para insustentabilidade de um acordo que legitima grafias facultativas; o historiador Rui Tavares responde ao escritor Vasco Graça Moura, relevando uma certa crispação desnecessária relativamente às alterações ortográficas em causa; o académico e gramático brasileiro Evanildo Bechara responde aos subscritores do manifesto-petição contra a ratificação do Acordo Ortográfico; e do Brasil chegaram de imediato várias reacções de regozijo e de aprovação.
3. Decorrerá, nos dias 28 e 29 de Maio, na Universidade Lusófona (Lisboa), o II Congresso Internacional da África Lusófona.
1. Todos os dias é possível recolher da imprensa manifestações pró e antiacordo. Os argumentos fundados em factos não abundam e, na maioria das vezes, tecem-se apenas juízos de valor.
Talvez valha a pena começar a ver a questão não só a preto e branco mas também na variante policroma.
2. Os prestigiados professores e lusófilos italianos Giuseppe Tavani e Giulia Lanciani estarão em Portugal em finais de Maio. No dia 29, na Faculdade de Letras do Porto, terão lugar as seguintes conferências:
1. Uma notícia publicada na imprensa portuguesa aponta uma série de erros no próprio texto do novo Acordo Ortográfico. D´Silvas Filho mostra que não é assim e afirma: «A verdade é que, neste caso, dos defeitos apontados ao novo acordo, [...] há luta acirrada, usando-se todos os pretextos, mesmo ínfimos ou sem sustentação válida.»
2. Além das respostas em destaque, abordamos outros tópicos nesta actualização:
1. Dialogismo, intertextualidade, polifonia: são termos que dão conta de como, ao interagirmos, precisamos de invocar constantemente, para o discurso do quotidiano, outras falas, outros dizeres, de outros tempos e lugares.
2. «As traduções tendem a dizer noutro idioma aquilo que a língua original tende a silenciar» (Ortega y Gasset).
Tradução é o tema que congrega editores, investigadores e representantes de diferentes instituições no colóquio a decorrer na Universidade Lusófona, até ao próximo dia 14.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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