As preposições têm subtilezas de que nem sempre os próprios falantes nativos se dão conta. Por exemplo, «acabar um quadro» não é certamente o mesmo que «acabar com um quadro», porque, no primeiro caso, se diz que se finaliza um trabalho, enquanto no segundo o resultado é a pura destruição desse objeto. Também nem sempre é fácil destrinçar certas palavras que têm afinidade morfológica e semântica; por isso, pergunta-se no consultório: planeamento é o mesmo que planificação? E será correto usar a expressão «em antes de» no lugar de «antes de»? Estas novas respostas e todas as demais em arquivo estão, como habitualmente, acessíveis pelo Facebook e por uma aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone).
Na rubrica dedicada ao novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (AOLP), destacamos um artigo da autoria do professor Fernando Cristóvão – um dos representantes por Portugal da comissão negociadora do AOLP reunida no Brasil em maio de 1986 – em que o autor elabora um resumo das ideias discutidas no âmbito do AOLP ao longo das quase três décadas que passaram desde o referido encontro.
No consultório, analisamos o significado de borrelhão, a origem da expressão brasileira «deitar e rolar» – que, entre outros contextos, encontramos numa popular canção de Elis Regina – e também o uso da consoante -m no final das palavras da língua portuguesa.
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O programa Língua de Todos de sexta-feira, 21 de junho (RDP África, às 13h15*; com repetição no sábado, 22 de junho, às 9h10*), convida a professora Maria Perpétua Gonçalves, da Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo, para falar do estatuto do português em Moçambique. No Páginas de Português de domingo, 23 de junho, (na Antena 2, às 17h00*), a literatura infantil é o tema debatido por vários especialistas : as obras para jovens alcançam públicos mais amplos, com as lendas, as fadas, as fábulas a constituírem objeto de aprofundados estudos; além disso, convocam-se outras artes, como sucede com o design gráfico, que, neste género, atinge, por vezes, requintes de verdadeira arte. E recorde-se que, de 2.ª a 6.ª-feira, às 14h40*, na Antena 1, prossegue a rubrica Jogo da Língua, com Sandra Duarte Tavares, docente de Língua Portuguesa no Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) e consultora do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.
* Hora oficial de Portugal continental.
No programa Língua de Todos de sexta-feira, 21 de junho (RDP África, às 13h15*; com repetição no sábado, 22 de junho, às 9h10), uma conversa com a professora Maria Perpétua Gonçalves, da Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo, tem por mote o estatuto do português em Moçambique: Língua não nativa, língua moçambicana, moçambicano, ou variante moçambicana do português? Os linguistas esforçam-se por precisar conceitos, perceber o que muda do que fica e porquê.
Em O Nosso Idioma, Edno Pimentel corrige um erro curioso de alguns falantes angolanos: entre eles, o verbo dormir significa não especificamente «estar no estado de sono» mas, de modo mais genérico, «passar a noite» (texto original publicado no jornal angolano Nova Gazeta).
No consultório, continua a discussão de casos sobre os quais a doutrina normativa não é categórica: está correto empregar anexado em lugar de anexo? «Adeus, que me vou embora», ou «adeus, que vou-me embora»? Pode o verbo adequar ser conjugado em todos os tempos e modos?
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As novas respostas do consultório têm que ver com uma velha discussão: as variantes dialetais (na pronúncia e não só) são formas incorretas à luz da norma? Não são, mas é necessário saber onde, quando e com quem utilizá-las. Não surpreende, portanto, que os angolanismos esquebra e quilombo corram o risco de não serem compreendidos noutros países onde se fala português. Estes e outros tópicos podem também ser consultados no Facebook e em aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone).
Em matéria de promoção da língua portuguesa, parece que já nada é o que era. No contexto de uma visita a Angola, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, Francisco Almeida Leite, realçou o interesse económico do português, que «não é de Portugal», mas «desta comunidade de 250 milhões de falantes». Nos Estados Unidos, no estado da Florida, o apoio do Brasil permitiu a realização (em maio de 2013) do II Congresso Mundial sobre o Ensino do Português, no qual muito se insistiu no valor económico do idioma (ver documentário O Ensino do Português ganha força no mundo, produzido pela Brasil Mais). E na sequência da visita a Portugal da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, fala-se em desenvolvimento e produção de tecnologia em português com base nos setores brasileiros do petróleo e da aeronáutica. Contudo, no cenário da crise financeira, económica e social vivida em Portugal, não deixam de ser ouvidas fortes críticas a cortes no ensino do português no estrangeiro. Língua de todos, poderá o seu valor económico ser partilhado também por todos?
Como já noticiado, no programa Língua de Todos de sexta-feira, 14 de junho (na RDP África às 13h15*; com repetição ao sábado, depois do noticiário das 9h00*), é entrevistada Adelaide Monteiro, técnica do Ministério da Cultura de Cabo Verde, sobre a convivência entre a língua portuguesa e o crioulo.
No Páginas de Português de domingo, 16 de junho (na Antena 2, 17h00), Mia Couto é a figura em foco. Fernanda Cavacas, especialista em literaturas africanas de língua portuguesa, comenta a originalidade deste escritor moçambicano, recém-galardoado com o Prémio Camões 2013. Outro tema: como vamos, em Portugal, quanto ao ensino do português e à formação dos professores? A resposta do professor de Literatura Portuguesa e crítico literário António Carlos Cortez.
Finalmente, de 2.ª a 6.ª-feira, às 14h40*, na Antena 1, Sandra Duarte Tavares, docente de Língua Portuguesa no Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) e consultora do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, testa os conhecimentos gramaticais dos ouvintes na rubrica Jogo da Língua.
* Hora oficial de Portugal continental
O programa Língua de Todos de sexta-feira, 14 de junho (na RDP África às 13h15*; com repetição ao sábado, depois do noticiário das 9h00*), inclui uma entrevista com Adelaide Monteiro, técnica do Ministério da Cultura de Cabo Verde, sobre a política de língua no seu país e, em particular, a convivência, no ensino e na comunicação social, entre a língua portuguesa e o crioulo.
* Hora de Portugal continental.
Nesta nova atualização , falamos: de léxico, mais concretamente do substantivo soba, palavra oriunda do quimbundo, da palavra audiencista e da etimologia do verbo arrotar; de prosódia e do que a define como ramo da linguística; dos verbos ser e estar, quando utilizados para indicar localização; e, finalmente, de fraseologia popular, procurando descobrir o sentido da expressão «ir para o beleléu» e do provérbio «candeia que vai à frente alumia duas vezes». No Pelourinho, Paulo J. S. Barata aponta mais um recorrente equívoco: pode ou pôde?
Entretanto, celebra-se a 13 de junho o Dia de Santo António, feriado municipal em Lisboa, cidade onde o Ciberdúvidas está sediado, e, por isso, o consultório faz uma brevíssima pausa para regressar no dia 17 de junho. Aproveitando a ocasião, recordamos uma célebre quadra ao gosto popular, atribuída ao não menos célebre lisboeta Fernando Pessoa;
Santo António de Lisboa
Era um grande pregador
Mas é por ser Santo António
Que as moças lhe têm amor
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