As questões abordadas nesta atualização do consultório focam aspetos da variação inerente a qualquer língua, quer evoluindo no tempo quer diferenciando-se nos espaços que povoamos e demarcamos. Ficamos a saber, por exemplo, que amálgama já se usou apenas no masculino, mas hoje ocorre também no feminino. A propósito do topónimo Arneiroz (Ceará), descobrimos que, no Brasil, a grafia dos nomes de lugar nem sempre se subordina à regras ortográficas vigentes. Apercebemo-nos também de alguma dificuldade em emitir juízos sobre o emprego de algures e alhures, porque estes advérbios se usam raramente. Passando às demais rubricas, o Pelourinho assinala um tropeção recorrente: em lugar de meteorologia, a deturpação "metereologia", que teimosamente mancha a melhor prosa. Poderá um erro destes ser alguma vez tolerado? Menos controversa parece a mudança nas fórmulas usadas em saudações e despedidas no português falado em Portugal – é a conclusão da leitura de uma crónica que o escritor português Miguel Esteves Cardoso publicou no jornal Público e que a rubrica O Nosso Idioma igualmente acolhe.
Acerca do novo aspeto gráfico do Ciberdúvidas, escreve-nos um consulente do Brasil para manifestar o seu agrado – a mensagem está no Correio.
Aproveitamos para lembrar que, sobre este assunto, muito agradecemos que nos contactem com comentários e sugestões através do endereço ciberduvidasdalinguaportuguesa@gmail.com.
Mais dois novos episódios do programa Mambos da Língua – O tu-cá-tu-lá do português de Angola, espaço criado pelo Ciberdúvidas em parceria com a Rádio Nacional de Angola, que o transmite em todos os seus canais nacionais e provinciais. Trata-se de breves apontamentos diários às palavras, frases e expressões dos usos do português escrito e falado em Angola (ler sinopse aqui). Os novos episódios, o 55.º e o 56.º da série, focam duas palavras homónimas, o substantivo bazar e o verbo bazar: Terão a mesma origem? Como se usam? E em Angola, em particular?