Informação relacionada sobre todas as Aberturas
Um sr. Benvindo, já, para o Euro 2004 ainda mais bem-vindo!
O disparate do benvindo a fazer de bem-vindo voltou a fazer das suas, agora em forma de cartazes colocados pela Câmara Municipal [prefeitura] de Lisboa dando as boas-vindas aos visitantes do Euro 2004. O que vale é que, desta vez, nem as televisões – e, em particular, a pública RTP, honrando ao menos uma vez as suas obrigações estatutárias – deixaram de o assinalar, confrontando o próprio presidente alfacinha com o mamarracho ortográfico. O dr. Pedro Santana Lopes escusava é de se ter agastado tanto com a...
Perguntas sem resposta
Muitas e diversificadas perguntas chegaram na semana ora finda ao Ciberdúvidas sobre palavras não dicionarizadas, mas de uso corrente (cinotécnica, por exemplo). Ou só registadas nos dicionários mais antigos ou mais especializados (casos de mistagogia, de falécio, de jardineto ou de pertencimento). Ou sobre novos termos de fixação ainda duvidosa (legendador ou “legendário”?). Ou, ainda, de controversa aceitação (vide Sobre o termo pidgin + Prioridade, prioritário e derivados mal formados + O “evolutível” e outros...
Polémicas recentes e antigas
1. «Os responsáveis dos programas [do ensino do Português nas escolas secundárias em Portugal] são linguistas e os linguistas têm ódio à literatura. Esse é o principal problema. Preocupam-se com a questão comunicacional e não com o valor da própria língua.» – declarou o poeta e eurodeputado Vasco Graça Moura, em entrevista à revista dominical do “Público”. «Os linguistas discordam, isso sim, da posição de que o ensino do português se deve reduzir à leitura de textos literários. (…) Esta discordância (…) radica...
Palavras não dicionarizadas, e palavras bem e mal dicionarizadas
A propósito do aumentativo de jardim, do diminutivo de som, do adjectivo irrepetível e do substantivo apropriabilidade – qualquer deles ainda sem consagração nos dicionários – falámos de novo de uma das cara(c)terísticas da língua portuguesa: a sua espantosa maleabilidade. Mas falámos, também, de palavras mal dicionarizadas, como é o caso desse aberrante “stande”. Ou, ainda, de outras menos conhecidas como foleca, distopia ou assertoar. E até houve oportunidade de voltarmos a uma questão várias vezes respondida aqui no...
Nos 30 anos do 25 de Abril
Os 30 anos do 25 de Abril, que se comemoram em Portugal, assinalam, jubilosamente, o colapso de uma ditadura de meio século e o fim de uma guerra colonial injusta e anacrónica. E não só.
A “Revolução dos Cravos”, como ficou para a História essa madrugada libertadora de 1974, não trouxe apenas a democracia para os portugueses e a outorga da independência para Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe (Timor, desgraçadamente, teve de suportar a invasão e a ocupação indonésia até 1999). Representou também uma...
O masculino, o feminino e outras (não) regras
Por que motivo, em Portugal, há clubes de futebol que passaram a ser nomeados no feminino, quando, antes, a União de Leiria ou a Naval da Figueira da Foz, por exemplo, vinham sempre no masculino (o Leiria, o Naval)? E no Brasil: é o Palmeiras ou a [Sociedade Esportiva] Palmeiras? Já agora: que regras gramaticais regem o emprego do artigo definido antes dos dias da semana? E é «Ele faz com cada pergunta» ou «Ele faz cá cada pergunta»? Ainda: é «sair de trás, «sair detrás» ou «sair de detrás»? Ou ainda: Qatar não deverá ser, antes, Catar, em...
Ciberdúvidas regressa depois da Páscoa
Devido à semana da Páscoa, Ciberdúvidas só volta com as suas actualizações diárias na segunda-feira, dia 12. Até lá, ficam em linha 30 novas respostas (60 ao todo nesta última semana) e tudo o mais que, sobre a língua portuguesa, já estava ou passou a estar acessível, como sempre, pelo motor de busca.
A este propósito – e lamentando não termos podido ainda ultimar a remodelação gráfica anunciada, a partir da qual ficará muito mais facilitada a pesquisa no Ciberdúvidas –, chamamos a atenção, de novo, para os procedimentos...
Cruzamentos vários e um oportuno bom exemplo
1. Sendo o âmbito específico do Ciberdúvidas a língua portuguesa, há semanas em que as perguntas que nos chegam implicam referências obrigatórias a outras disciplinas do saber e do conhecimento. Foi o caso da semana ora finda, com a Filosofia necessariamente envolvida, quando uma consulente nos interrogou sobre a palavra agnóstico. Mas também com a Botânica, quando uma outra consulente deu o seu contributo para a tradução de Hippophaë Rhamnoides. Ou com História, ao recordarmos as viagens que o nosso idioma...
Alcaida, Galiza e Benfica
1. Na sequência do tenebroso atentado terrorista em Madrid, um consulente interrogou-nos sobre a pronúncia certa para o termo árabe al-Qaeda. Em Portugal, os jornais escrevem Al-Qaeda, que é a transliteração do vocábulo para o inglês – portanto, sem correspondência mínima com o nosso alfabeto. Desde quando se escreve, em português, “qa”?! Pior ainda: quem lê aquele Al-Qaeda inglesado nem ao menos toma em conta como os anglófonos pronunciam (bem) a palavra: o mais aproximadamente, afinal, da pronúncia...
Para não cairmos no psitacismo
A propósito da praga de “prontos”, que prolifera no discurso televisivo em Portugal, e da responsabilidade muitas das vezes de quem tem obrigações exactamente em sentido inverso, o autor da resposta, A. Tavares Louro, recorreu muito apropriadamente ao termo psitacismo. Nem de propósito, com tantas frases, e situações, sem sentido que se vêem, lêem e ouvem por aí, nestes fatídicos dias que correm…...
