Aberturas - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Por José Manuel Matias/José Mário Costa

Devido à semana da Páscoa, Ciberdúvidas só volta com as suas actualizações diárias na segunda-feira, dia 12. Até lá, ficam em linha 30 novas respostas (60 ao todo nesta última semana) e tudo o mais que, sobre a língua portuguesa, já estava ou passou a estar acessível, como sempre, pelo motor de busca.

A este propósito – e lamentando não termos podido ainda ultimar a remodelação gráfica anunciada, a partir da qual ficará muito mais facilitada a pesquisa no Ciberdúvidas –, chamamos a atenção, de novo, para os procedimentos indispensáveis, resumidos no texto abaixo exposto, Veja nas Respostas Anteriores.



P.S. – As perguntas que ainda não obtiveram resposta tê-la-ão imediatamente após o regresso de Ciberdúvidas no dia 12 de Abril.

Por José Manuel Matias/José Mário Costa

1. Sendo o âmbito específico do Ciberdúvidas a língua portuguesa, há semanas em que as perguntas que nos chegam implicam referências obrigatórias a outras disciplinas do saber e do conhecimento. Foi o caso da semana ora finda, com a Filosofia necessariamente envolvida, quando uma consulente nos interrogou sobre a palavra agnóstico. Mas também com a Botânica, quando uma outra consulente deu o seu contributo para a tradução de Hippophaë Rhamnoides. Ou com História, ao recordarmos as viagens que o nosso idioma fez pelo mundo, quando se cruzou com o japonês, no tempo em que o português era a língua veicular no comércio, no século XVI na Ásia. E recordámos, ainda, que temos no nosso vocabulário 954 palavras de origem árabe.



2. A propósito de palavras de origem árabe e ainda a pronúncia, e a grafia, de al-Qaeda. Como se assinala no Pelourinho, não podia ter sido mais oportuno ouvir a forma apropriada como o primeiro-ministro português pronunciou, no seu último debate na Assembleia da República, em Lisboa, a palavra que mais divide hoje, e pelas piores razões, o mundo em que vivemos. E acreditem mesmo, senhores deputados (e, já agora, senhores jornalistas, e senhores locutores, e senhores comentadores, e quem mais se obriga a bem falar e a bem escrever em público), acreditem mesmo em Durão Barroso nesta querela linguística do /Alcaida/ "versus" /Al-Qaéda/. Por isso, é só dar-lhe ouvidos...

Por José Manuel Matias/José Mário Costa

1. Na sequência do tenebroso atentado terrorista em Madrid, um consulente interrogou-nos sobre a pronúncia certa para o termo árabe al-Qaeda. Em Portugal, os jornais escrevem Al-Qaeda, que é a transliteração do vocábulo para o inglês – portanto, sem correspondência mínima com o nosso alfabeto. Desde quando se escreve, em português, “qa”?! Pior ainda: quem lê aquele Al-Qaeda inglesado nem ao menos toma em conta como os anglófonos pronunciam (bem) a palavra: o mais aproximadamente, afinal, da pronúncia original árabe. E é assim que ela deve ser pronunciada pelos lusófonos: /Alcaida/. E, como mandam as regras, a sua ortografia também não deverá ir ao arrepio da índole da língua portuguesa. Consultados quatro especialistas, propomos a forma Alcaida.

2. A propósito de lusofalantes. Da Galiza chegou-nos uma consulta que vale pela mensagem de quem se apresenta como «parte da lusofonia, em pé de igualdade com as outras variantes do português (Portugal, Brasil, etc.), e não como língua diferente do português.» Às vezes, é bom recordar que a Galiza e a região Norte de Portugal são a mãe de todas as lusofonias.

3. O Benfica, o clube que mais portugueses une em Portugal e por esse mundo fora, acaba de comemorar o seu centenário. Foi esse o pretexto para a dúvida de um consulente de Lisboa, benfiquista naturalmente, sobre a forma exacta da frase latina que encabeça o emblema do clube da águia: «E pluribus unum» ou «Et pluribus unum»?

Por José Manuel Matias/José Mário Costa

A propósito da praga de “prontos”, que prolifera no discurso televisivo em Portugal, e da responsabilidade muitas das vezes de quem tem obrigações exactamente em sentido inverso, o autor da resposta, A. Tavares Louro, recorreu muito apropriadamente ao termo psitacismo. Nem de propósito, com tantas frases, e situações, sem sentido que se vêem, lêem e ouvem por aí, nestes fatídicos dias que correm…

Por José Manuel Matias/José Mário Costa

Saber gramática é imprescindível para se falar e escrever correctamente? As conjunções ligam frases entre si ou orações e elementos duma oração? Deve dizer-se Alcorão ou simplesmente Coro? A língua portuguesa só tem mesmo cinco vogais como se ensina por aí? E também é verdade, como vem nalgumas gramáticas, que o z de avozinha é um infixo? E está mesmo certo dar como «erros comuns na formação do feminino» os exemplos de governanta ou de giganta?


Destes e de muitos (demasiados…) outros erros de língua portuguesa que se ensinam em dicionários, gramáticas e manuais escolares constou a minuciosa palestra de um dos nossos mais antigos e prestigiados colaboradores, o Prof. José Neves Henriques, no âmbito do Ciclo Língua Portuguesa da Sociedade da Língua Portuguesa. O texto ficou em linha no Ciberdúvidas, na rubrica O Português na 1.ª Pessoa.

Por José Manuel Matias/José Mário Costa

Como habitualmente, Ciberdúvidas interrompe as suas actualizações diárias no período do Carnaval. Voltaremos a partir do próximo dia 1 de Março.

E entre 40 novas respostas e informações variadas sobre esta nossa «língua de oito pátrias», fica desde esta data em linha um pequeno poema sobre a Língua Portuguesa de um poeta contemporâneo brasileiro, Olavo Rubens, gentilmente cedido pela revista Storm, que irá enriquecer a nossa Antologia.

Por José Manuel Matias/José Mário Costa

Uma estudante brasileira de Comunicação Social colocou uma questão ao Ciberdúvidas que remete para a problemática da língua como elemento estruturante de identidades nacionais. «Enxergá-la como identidade nacional parece-me evidente», escreve a consulente Raquel Valadares de Campos, acrescentando: «O estudo sociolingüístico abriu meus olhos quanto aos preconceitos ligados a ela.»

A relevância do nosso idioma comum para a constituição da nação brasileira – e, nos tempos que correm, na afirmação da identidade nacional dos novos Estados africanos lusófonos – não pode deixar de ser motivo de orgulho para os portugueses. Tanto quanto o direito à diferença na língua portuguesa, que o Ciberdúvidas assume plenamente adoptando as duas ortografias oficiais do português.

Por José Manuel Matias | José Mário Costa

Realizou-se na segunda-feira, dia 2, a cerimónia da entrega do Prémio Crónica João Carreira Bom/SLP 2003 ao ensaísta e professor universitário português Eduardo Prado Coelho. Usaram da palavra a presidente da Sociedade da Língua Portuguesa, Elsa Rodrigues dos Santos, a viúva de João Carreira Bom, Maria José Mauperrin, o presidente do Júri, escritor Urbano Tavares Rodrigues, o presidente da Vodafone, António Carrapatoso, e, finalmente, o galardoado.

A presidente da Sociedade da Língua Portuguesa realçou o facto de este prémio ser uma homenagem a João Carreira Bom, que prestigiou a Língua Portuguesa com as suas brilhantes crónicas na imprensa portuguesa e, depois, como o principal impulsionador deste sítio na Internet inteiramente dedicado à causa do nosso idioma comum.

Urbano Tavares Rodrigues traçou o perfil cultural de Eduardo Prado Coelho, com uma obra representativa no ensaísmo literário, como Os Universos da Crítica, a sua tese de doutoramento. Destacou, igualmente, a sensibilidade das crónicas diárias de Eduardo Prado Coelho no “Público”. Crónicas que abrangem um vasto leque de temas – desde o pequeno comentário do quotidiano, à análise de um filme, sobre uma peça de teatro, uma obra de um filósofo, à volta de um político ou de um sociólogo –, numa escrita eivada de inteligente ironia.

O presidente da Vodafone fez uma intervenção, que amavelmente cedeu ao Ciberdúvidas, podendo os nossos consulentes lê-la na íntegra na rubrica O Português na 1.ª Pessoa. Seja-nos contudo permitido enaltecer a importância conferida à Língua Portuguesa por António Carrapatoso, na sua qualidade de responsável máximo de uma multinacional de comunicações móveis em Portugal, na consolidação da identidade nacional.

 

P.S. – A cabeleira da língua é um texto escrito especialmente para o Ciberdúvidas pelo poeta e escritor moçambicano Luís Carlos Patraquim. Fica em linha na Antologia – tal como os demais autores de língua portuguesa de todos os tempos escrevendo sobre o nosso idioma comum, numa recolha como nunca antes, julgamos, fora alcançada no género.

Por José Manuel Matias/José Mário Costa

Faz nesta data dois anos que faleceu um dos cofundadores do Ciberdúvidas e seu principal impulsionador, o saudoso jornalista João Carreira Bom. A melhor homenagem que poderemos prestar em sua memória é continuar a construir dia a dia este sítio na Internet, verdadeiro serviço público sobre a língua portuguesa no espaço das culturas que se exprimem no nosso idioma.

Outra homenagem à sua memória foi a criação do Prémio Crónica João Carreira Bom. A Sociedade da Língua Portuguesa, com o patrocínio exclusivo da Vodafone e a participação do Ciberdúvidas, instituiu este galardão que, para o ano de 2003, foi atribuído ao ensaísta e professor universitário Eduardo Prado Coelho.

A cerimónia de entrega do prémio terá lugar nesta segunda-feira, dia 2 de Fevereiro, no auditório da sede da Vodafone em Lisboa, no Parque das Nações, pelas 18h30.

P.S. – Como espaço também de informação e debate sobre tudo à volta desta nossa «língua de oito pátrias», como lhe chamou João Carreira Bom numa frase que consta de um dos frontispícios do Ciberdúvidas, desde que foi criado há sete anos, remetemos quem nos consulta para a carta aberta da professora Maria do Carmo Vieira, sobre o ensino do português em Portugal.

Por José Manuel Matias/José Mário Costa

Nos sete anos que leva de existência, Ciberdúvidas atingiu esta semana o patamar das treze mil perguntas respondidas a quantos nos acedem para saber mais sobre esta nossa «língua de oito pátrias». Deverá dizer-se «o testemunho dos agentes A e B» ou «os testemunhos dos agentes A e B»?

Com esta resposta número 13 mil, ficam assim em linha, desde esta data, ao todo, entre as demais nove rubricas do Ciberdúvidas, quase 16 mil textos – da Antologia às Controvérsias e ao Pelourinho, do Correio ao Português na 1.ª Pessoa e às Diversidades.