Lusofonias Primeiro-ministro em Angola O primeiro-ministro [português] José Sócrates seguiu para Luanda Angola , nela se concentrando, como destacou, embevecida, a comunicação social portuguesa, um terço do PIB nacional.Angola justifica, é verdade, o peso da comitiva de Sócrates, e espera-se que da visita, necessária e importante, resultem alargados ganhos para os dois países, ligados por laços mais afectivos do que se imagina. A verdade é que, não obstante, outros objectivos poderiam ter sido perseguidos se, para além da ide... David Borges, José Mário Costa · 8 de abril de 2006 · 4K
Lusofonias As viagens e os viajantes para os portos da lusofonia A viagem rumo à Lusofonia tem sido longa de séculos, feita de muitas viagens, viajantes, momentos de euforia e disforia, em processo de maturação permanente.Construção moderna, a lusofonia mergulha as suas raízes mais profundas nos descobrimentos portugueses e no diálogo étnico de cultura miscegenada, que a aventura dos mares possibilitou.Diversificados foram os seus viajantes-protagonistas, como diversificados foram os ancoradouros aonde aportaram, as gentes que se misturaram co... Fernando Cristóvão · 1 de abril de 2006 · 4K
Lusofonias Sócrates em Angola Dentro de poucos dias [o primeiro-ministro português] José Sócrates desembarcará em Luanda. Vem, ao que dizem os jornais, acompanhado por trinta empresários portugueses. Dizem os mesmos jornais que nos últimos quatro anos, dez mil empresários chineses visitaram Angola, o que dá uma média de dois mil e quinhentos por ano, ou seja, cerca de duzentos por mês. No último mês foram inaugurados na Ilha de Luanda dois enormes restaurantes chineses. Jantei num deles, uma construção simples mas muito ele... José Eduardo Agualusa · 30 de março de 2006 · 4K
Lusofonias A pedagogia de Baptista-Bastos Sociedade da Língua Portuguesa[No] terceiro ano consecutivo da atribuição do Prémio da Crónica João Carreira Bom / SLP, que foi instituído por cinco anos, com o patrocínio da Empresa Vodafone, a Sociedade da Língua Portuguesa e o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa têm o imenso prazer e honra de o atribuir este ano a Armando Baptista-Bastos.Quero uma vez mais agradecer ao Senhor Dr. António Carrapatoso, presidente do Conselho de Administração da Empresa Vodafone, o patrocínio a... Elsa Rodrigues dos Santos · 27 de março de 2006 · 4K
Lusofonias As palavras Meus Amigos:Enchi a vida de palavras, na tentativa de as perfilar com honra e na presunção de ser emissário de algumas verdades. Nunca as palavras, para mim, foram exercícios de futilidade, ou perversos jogos de ocultação. Também elas me ensinaram a vigiar o meu próprio arbítrio, e me levaram a compreender que a sua beleza interior, o significado oculto dos seus étimos constituíam o corpo do seu poder subversivo. Ainda hoje, com mais de cinquenta anos de ofício, entre tropeços, quedas e ... Baptista-Bastos · 27 de março de 2006 · 3K
Lusofonias Hora da globalização Hora da União Europeia Hora da Ibero-América, Hora do Mercosul, Hora da Lusofonia? À longa pergunta formulada no título – e como já Pascal e Marx escreveram, respectivamente, «Ninguém procuraria Deus se já não o tivesse encontrado!» e «Todas as sociedades só fazem as revoluções para que já estão preparadas» –, o autor vem dando desde há algum tempo algumas respostas afirmativas, de que lembrarei, neste momento introdutório, apenas duas, sendo uma de carácter mais jurídico-institucional e outra de carácter mais factual-histórico.A primeira remete para ... Fernando dos Santos Neves · 12 de fevereiro de 2006 · 3K
Lusofonias «Exmo.Senhor Presidente, você não sabe que...?» Não sei se me apetece falar de alguma coisa. Não me apetece falar de qualquer coisa. Talvez, afinal, nem sequer me apeteça falar de coisa nenhuma. Ou seja do que for. Nem com ninguém em particular sobre coisa alguma. Provavelmente já disse tudo o que tinha a dizer. E a sensação é a de que, mesmo que tenha dito tudo, nada mudou, nem em função disso, nem em consequência disso. É fácil observar que os meus sensores são suficientes para receber informação do exterior, mas grande parte dessa informaç... Isabel Hub Faria · 18 de janeiro de 2006 · 4K
Lusofonias O traço de união Meus Amigos:Chego aqui vindo de muito longe. De um tempo de silêncio, que nos coagia a escrever baixinho e a sobreviver sob a forma de soturnas elegias. Nessa reserva amarga e implacável, recusávamos a derrota sem saber muito bem que realidade nova desejávamos. Por outro lado, eu relacionava a experiência dos outros com pesquisas pessoais, aplicando-as à qualidade da minha revolta. Proveniente de famílias operárias, admitia que esse conhecimento, simultaneamente excitante e assustador, r... Baptista-Bastos · 15 de setembro de 2005 · 3K
Lusofonias Plurais do tipo de almoço/almoços Em 1873, o grande Augusto Epifânio da Silva Dias, na 2.ª ed. da sua Gramática Portuguesa, nota que não abriram o o da sílaba tónica no plural as palavras adorno, bolso, estojo, folho, globo e molho (ô). Mas em 1883, dez anos depois, A. R. Gonçalves Viana, no Essai de Phonétique et de Phonologie de la Langue Portugaise, diz que já se pronunciava geralmente adornos (ó) e até gostos (ó), mas este termo só os algarvios o pronunciam assim.Nas 45 palavras da lista que Viana apresenta, supri... F. V. Peixoto da Fonseca (1922-2010) · 8 de setembro de 2005 · 9K
Lusofonias «Mim ser bom pessoa» As línguas, tal como as nacionalidades, as identidades, os seres humanos, as artes e muitas coisas mais, nunca foram entidades comandadas por uma racionalidade estrita ou por uma lógica sem falhas. Entre nós, já Camilo Castelo Branco ironizava, há bem mais de um século, a propósito, salvo erro, do jovem Joaquim de Vasconcelos, que, regressado da Alemanha, propunha que se dissesse "estejai", em vez de "estai".Vem isto a propósito do livro A Língua Portuguesa em Mudança, organizado por Mar... Vasco Graça Moura · 10 de agosto de 2005 · 2K