«Ninguém em Timor se vai preocupar com a língua inglesa como se fosse a língua da alma. Esse lugar será sempre do português.»
«Ninguém em Timor se vai preocupar com a língua inglesa como se fosse a língua da alma. Esse lugar será sempre do português.»
Nesta entrevista, publicada no dia 2 de fevereiro de 2024 no jornal timorense Diligente, a professora Isabel Margarida Duarte, diretora-adjunta do mestrado em Ensino de Português no contexto de Timor-Leste, discute a importância da diversidade linguística em Timor-Leste e o papel do português nesse contexto.
Com uma grande diversidade linguística (23 línguas maternas, variantes do Tétum, língua inglesa e língua indonésia), a abordagem da aprendizagem escolar constitui um dos principais problemas educativos de Timor-Leste. E onde Português, a despeito de ser uma das duas línguas oficiais do país, é usada apenas por uma minoria da população.
Artigo de opinião da autoria do professor universitário português José Augusto Pacheco, transcrito a seguir, com a devida vénia, do jornal Público do dia 4 de abril de 2023.
«Vem da língua portuguesa uma parte enorme do vocabulário do tétum praça, língua franca de Timor, língua nacional e língua co-oficial. Até muitos dos palavrões que os timorenses usam quando se zangam são portugueses! Esta cultura mestiça euro-asiática moderna marca a diferença e a maneira específica de os timorenses se afirmarem no contexto regional. Está aí a raiz da nacionalidade leste-timorense», escreve o autor neste artigo ainda atual, apesar de publicado há dez anos, na edição de 23/09/2005 do jornal bilingue timorense Lia Foun, uma publicação já desaparecida (ler apontamento do blogue Mosun). T´tulo e subtítulos da responsabilidade do Ciberdúvidas.
«Os artigos 13.º e 159.º da nossa Constituição determinam que o tétum e o português são as nossas línguas oficiais e a língua indonésia e inglês são línguas de trabalho. Será possível atitude mais aberta e pragmática do que esta?», defende o ex-Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, neste artigo publicado no jornal português Público de 22/04/2012, em que contesta a perspetiva anglófila de um professor da Universidade Nacional de Singapura, Victor R. Savage.
Texto escrito conforme a norma ortográfica de 1945.
«Timor é uma ficção lusófona onde a língua portuguesa navega contra uma geração culturalmente integrada na Indonésia, contra a geografia, contra manipulações políticas internas e contra a sabotagem de várias agências internacionais», escreve o jornalista português Pedro Rosa Mendes, num «retrato implacável * de uma realidade que não podemos continuar a fingir que não existe».
* in jornal Público de 25/11/2008. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
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