1. Regressam as actualizações do consultório do Ciberdúvidas. Além dos tópicos em destaque, abordamos ainda os dialectos da Madeira e dos Açores, o topónimo Boadela, as palavras penalização e penalidade e a expressão «em pé».
2. Reiteramos os nossos agradecimentos:
— ao Ministério da Educação de Portugal pela renovação, por mais um ano lectivo, do destacamento dos professores Ana Martins e Carlos Rocha no Ciberdúvidas da Língua Portuguesa;
— aos CTT - Correios de Portugal e à Fundação Vodafone pelo patrocínio renovado;
— à Universidade Lusófona por todo o apoio que nos presta.
1. Neste período de férias em Portugal, o consultório terá uma pausa até ao dia 1 de Setembro. Agradecemos por isso que novas perguntas nos sejam enviadas apenas depois dessa data. Como sempre, todo o vasto arquivo do Ciberdúvidas (já muito perto dos 26 mil textos) ficará permanentemente disponível a todas as dúvidas sobre a língua portuguesa. E não deixaremos, também, de actualizar as restantes rubricas, sempre que tal se justifique.
2. A VII Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 25 de Julho, em Lisboa, e a criação do Fundo da Língua, pelo Governo português, assinalam o reconhecimento do valor estratégico da língua portuguesa, comenta o Diário de Notícias. E do Brasil chegam recados e novos desafios aos demais países lusófonos – e, muito em particular, a Portugal. Há a relevar, entretanto, a notícia da promulgação do Acordo Ortográfico pelo presidente da República de Portugal.
3. Nas Controvérsias, Maria Regina Rocha retoma um velho tópico: «dezenas de milhar», ou «dezenas de milhares»? Uma posição diferente da dos restantes consultores do Ciberdúvidas. É o caso de D'Silvas Filho, que escreve também sobre esta querela de mais de 80 anos. Chamamos ainda a atenção para este outro texto do autor do Prontuário – Erros Corrigidos do Português: A diferença entre Portugal e o Brasil no interesse pela nossa língua comum, assim como para o Pelourinho de Maria João Matos sobre a colocação do pronome antes e depois do verbo. Nas Lusofonias, Luís Carlos Patraquim fala-nos de um recente «milagre»: a escolha da língua portuguesa em terra avara a tais atenções.
4. Resta-nos desejar boas férias a todos os que prezam a língua portuguesa.
Muitas vezes, a língua desconcerta quem a usa desde o berço ou a aprende mais tarde, na idade adulta.
O que nos parece natural pode ser estranho para outros: por isso, pergunta-se como se pronunciam os ditongos e as vogais de vendem, lêem e vê.
O contraste entre ser e estar torna-se um enigma para um falante de inglês. É capaz de explicar a diferença?
Normalmente, o sujeito ocorre no começo de uma frase; mas há situações em que vem depois do verbo: é o que acontece em «soaram os sinos».
1. Divulgamos um novo texto de Vasco Graça Moura sobre a língua portuguesa. Desta vez, critica o Governo português por não haver promovido, previamente, um debate público sobre o anunciado plano para a promoção do português no estrangeiro.
2. Relevo para as variantes nesta actualização: quisto e cisto; mealheiro e migalheiro. A pronúncia também é abordada: como se lê precariedade?
1. No Correio, um consulente acusa o Ciberdúvidas de parcialidade no tratamento de temas controversos. Discordamos: a natureza de serviço público do nosso projecto assenta numa permanente equidistância quanto a correntes, facções e perspectivas diferentes no seio dos que prezam e defendem esta nossa «língua de oito povos».
2. Divulgamos uma reflexão de Chico Viana, professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba (Brasil), sobre complacência e rigor na correcção dos desvios à norma culta da língua.
3. Segundo o Jornal de Notícias (Portugal), os resultados de um inquérito promovido pelo Instituto Camões indicam que, em Portugal, muitos linguistas, académicos e editores continuam contra a aplicação do novo Acordo Ortográfico.
1. No Correio, Maria do Carmo Vieira congratula-se com as declarações de José Saramago ao programa Páginas de Português. Quem ainda não ouviu as palavras do prémio Nobel pode fazê-lo em diferido no endereço http://multimedia.rtp.pt.
2. Como todos os anos, a Sociedade da Língua Portuguesa vai realizar o seu Curso de Verão (Língua Portuguesa para Estrangeiros — Iniciação e Intermédio), de 1 a 29 de Agosto. O prazo das inscrições acaba no próximo dia 20 de Julho.
Nem vagueza, nem duplo sentido, nem indeterminação semântica: a ambiguidade (sintáctica, referencial/semântica ou discursiva) é um fenómeno regular e marcado, que contraria o ideal de exaustividade e perfeição comunicativa. Mas ninguém pode acusar a língua de imperfeição: a língua potencia enunciados ambíguos, mas também dá os mecanismos para os desambiguar.
Um relance sobre as respostas que abordam este tópico:
Vinte mil professores brasileiros estão inscritos no Ministério da Educação do Brasil para trabalhar na formação de professores timorenses de português.
Enquanto isso, Portugal anuncia medidas de fundo com vista à internacionalização da língua portuguesa:
Da necessidade de uma reforma eficaz do ensino do português no estrangeiro ninguém duvida. Os alertas de abandono forçado da aprendizagem do português no seio das comunidades emigrantes vêm de muitos lados:
1. Em caso de preguiça mental, não traduza: recorra ao inglês — parece ser este o lema de um certo jornalismo desportivo.
2. Há palavras que variam em género e outras não. Há filantropo e filantropa, há poeta e poetisa, mas não há presidente e presidenta. Os critérios da língua são soberanos, pois são fruto de um consenso tácito no seio de uma comunidade de falantes — por muito que este ou aquele indivíduo se indigne.
3. Não há nada como atender ao contexto para apurar a validade de uma forma: é o caso de pedi-mos.
1. António Emiliano sistematiza todos os argumentos anti-Acordo num texto dialogado.
2. Indignação: um leitor do Público protesta contra os erros crónicos na comunicação social.
3. Urge fortalecer uma vertente aplicada dos estudos linguísicos — é o repto de Ana Martins.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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