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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Em caso de preguiça mental, não traduza: recorra ao inglês — parece ser este o lema de um certo jornalismo desportivo.

2. Há palavras que variam em género e outras não. Há filantropo e filantropa, há poeta e poetisa, mas não há presidente e presidenta. Os critérios da língua são soberanos, pois são fruto de um consenso tácito no seio de uma comunidade de falantes — por muito que este ou aquele indivíduo se indigne.

3. Não há nada como atender ao contexto para apurar a validade de uma forma: é o caso de pedi-mos.

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1. António Emiliano sistematiza todos os argumentos anti-Acordo num texto dialogado.

2. Indignação: um leitor do Público protesta contra os erros crónicos na comunicação social.

3. Urge fortalecer uma vertente aplicada dos estudos linguísicos — é o repto de Ana Martins.

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1. Até Novembro, a Academia Brasileira das Letras concluirá o novo Vocabulário da Língua Portuguesa, com 370 mil entradas. A finalidade é complementar o texto do Acordo, fixando formas e neutralizando o livre-arbítrio quando toca a escrever do lado de cá e do lado de lá do oceano. A Academia de Ciências de Lisboa fica a assistir.

2. Medidas de fundo para a internacionalização do português — é o tema da entrevista demorada de Carlos Reis ao Expresso de 5 de Junho de 2008.

3. Leite de Vasconcelos era médico, mas o que nos legou foi uma inestimável obra em dialectologia e etnografia. Os 150 anos do seu nascimento são assinalados neste dia — uma homenagem do Museu Nacional de Arqueologia.

Por Ciberdúvidas da língua portuguesa

1. Uma crítica contundente: Maria Filomena Mónica comenta os Exames Nacionais-2008 em Portugal e conclui que são provas «cujo objectivo é escamotear o facto de estarmos a formar uma geração incapaz de pensar, de falar e de escrever».

2. Um apelo: a propósito da crescente anglofonia da música comercial portuguesa,  João Miguel Tavares diz que em Portugal não importa «mudar a forma como se escreve português — convinha é que ele continuasse a ser escrito».

3. Um anglicismo: a SIC usa, o Diário de Notícias não traduz, o Ciber reprova — trata-se do termo inglês chief executive officer, o mesmo que director-geral ou director executivo.

4. Um blogue: em Folhas de História, Teotónio R. de Souza, historiador e professor catedrático da Universidade Lusófona, procura promover de maneira especial a recuperação das lusofonias asiáticas.

5. Um livro: Edson de Athayde publicou recentemente O Endireita, o primeiro livro de ficção escrito em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa do mundo.

6. Um programa de rádio: neste domingo, 6 de Julho, às 17 horas, na Antena 2, o Páginas de Português debruçar-se-á sobre o género: o português é uma língua mais masculina ou mais feminina?

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1. Eis como uma revista em inglês explicou as origens do ditongo nasal "ão": «Muitas palavras portuguesas — como Portimão e Olhão — terminam em "ao", o que remete à longa relação de Portugal com "Macão"...» Além de o texto confundir "ão" com "ao" e  errar na grafia de Macau, historicamente, a asneira é óbvia: nós dizemos porquê.

2. Em Portugal, anuncia-se para breve a aprovação, em Conselho de Ministros, do projecto para uma nova política de promoção da língua portuguesa no mundo. Entre as medidas previstas, conta-se uma «reestruturação mais ambiciosa» do Instituto Camões. Bem necessária ela é — até para não voltarmos a ler notícias como esta aqui registada.

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1. Já tem data a VII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Irá realizar-se no dia 25 de Julho no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, sendo antecedida de reuniões preparatórias entre 17 e 22 do referido mês. Espera-se que sejam discutidas medidas de defesa do português, na sequência de algumas declarações políticas em Portugal.

2. Sabia que é incorrecto usar «estamos a aproximarmo-nos»? Que lhe é pronome pessoal que normalmente marca o complemento indirecto? Que «casa em madeira» é galicismo? Que a 2.ª pessoa do singular do imperativo de dizer é diz e dize?

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1. Em tempos, houve alguém que disse que «os linguistas tinham ódio à literatura». Ana Martins explica que não é assim: «o texto literário é um exercício de linguagem que activa todas as potencialidades do uso da língua como instrumento de conhecimento, arte, jogo e poder.»

2. Em Portugal, o exame final de Língua Portuguesa do 12.º ano (conclusão do ensino secundário) inclui um texto de Camões. Mas, acusa Inês Pedrosa, as questões mostram que «não se pretende fazer com que os jovens pensem, interroguem, ganhem curiosidade pelo mundo ou pela leitura a ponto de pretenderem alterar o estado das coisas».

3. Termina neste dia o encontro comemorativo dos 20 anos de actividade do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC).
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1. Até 15 de Julho, aceitam-se propostas de comunicação ao 7.º Colóquio Anual da Lusofonia. Este encontro realizar-se-á, como sempre, em Bragança, entre os próximos dias 2 e 5 de Outubro, tendo por tema central Língua Portuguesa e Crioulos: uma relação biunívoca.

2. Também o vínculo do mundo de língua portuguesa com a Galiza leva a seguir com interesse a situação linguística nessa região espanhola. Recentemente, um mal-entendido fez notícia. Por causa de problemas informáticos, um trabalhador de Ferrol enviou uma mensagem electrónica em galego a um gabinete de apoio. Comentário da resposta em castelhano: «o texto, não sei se o escreve o seu filho de dois anos ou se é um dialecto que os senhores falam na aldeia». A Mesa pola Normalización Lingüística, plataforma independente para a promoção do galego, fala de «discriminação por razão linguística».

3. Como já noticiámos, está a decorrer o encontro comemorativo  dos 20 anos de actividade do Instituto de Linguística Teórica e Computacional. Parabéns!

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1. Decorre, neste dia, na Escola Secundária de Paço d'Arcos, o lançamento da iniciativa Português para Todos. O programa, da responsabilidade do ACIDI, visa promover a aprendizagem do português junto das comunidades de imigrantes em Portugal.

2. A comemoração dos 20 anos do ILTEC é uma oportunidade para reflectir sobre o papel dos estudos linguísticos no que respeita à mutação acelerada dos processos de comunicação.

3. O ministro da Cultura de Portugal, António Pinto Ribeiro, em São Paulo, evidenciou a centralidade do Brasil na divulgação da língua portuguesa no mundo, enquanto potência económica e cultural — «do samba à bossa nova»...

4. Já reparou que o sufixo -vel produz adjectivos deverbais? Veja: globalizável; dançável; expectável; fiável; etc.