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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. No Brasil, o sinal de trânsito de paragem obrigatória mostra muito naturalmente a palavra pare, que é forma do verbo parar, mas em Portugal o que se lê é o inglês stop. Este e outros exemplos são sintomáticos do desamor pela língua em terras lusitanas — comenta Maria Regina Rocha num texto divulgado na rubrica Pelourinho.

2. A propósito de estrangeirismos, saiba nesta actualização que tupino é provavelmente um castelhanismo, usado em Trás-os-Montes (Portugal), que para Tower Bridge não há tradução consagrada e que o apelido Brazeta pode ter origem italiana ou croata.

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Depois de um interregno de vários meses, o programa sobre língua portuguesa Cuidado com a Língua! vai ser retomado na RTP 1, num novo horário:segundas-feiras, às 21.15h (hora de Portugal), depois do Telejornal (com repetição, como com as três anteriores séries, na RTP 2, na RTP N, na RTP África e na RTP Internacional, além de ficar disponível, semanalmente, na página da televisão pública portuguesa). O primeiro episódio desta  quarta série é já na próxima segunda-feira, dia 15 [tema central: o tempo e palavras e expressões à volta, como «horóscopo», «à última hora» (e não «à última "da" hora») ou «do tempo dos Afonsinos», entre outras.] 

Paralelamente, no dia 23 deste mês, vai ser lançado o DVD da primeira série, acompanhado de um livro, editado pela Oficina do Livro. O evento terá lugar na Fnac do Chiado, em Lisboa, e a apresentação será feita pelo professor Carlos Reis.

O livro sobre esta primeira série de 13 programas do Cuidado com a Língua! tem a autoria de Maria Regina Rocha e José Mário Costa.

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Acaba de ser publicado pela Editora Melhoramentos (São Paulo), o Guia Prático da Nova Ortografia. Destinado ao público brasileiro, é uma obra útil também para o resto do mundo de língua portuguesa, neste momento de transição para a vigência do novo acordo ortográfico.

Igualmente do Brasil nos chega o eco de acusações tradicionalmente feitas a Pêro Vaz de Caminha por causa de uma passagem da sua famosa Carta.  Leia-se na rubrica Lusofonias a brilhante resposta de um dos mais categorizados diplomatas portugueses da actualidade, o embaixador Francisco Seixas da Costa.

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Do vossa mercê ao você não houve apenas amálgama, mas também o nascimento de uma forma pronominal: você ou tu; vocês ou vós, com o consequente enfraquecimento da concordância verbal.

Mas não está tudo dito: porque as formas de tratamento estão no cerne de uma actividade muitíssimo complicada — as relações humanas —, e simultaneamente sob o efeito de factores histórico-sociais, a substituição de você por o senhor, a colega, o Sr. Engenheiro, o compadre não pode ser irreflectida.

Junte-se a isto o factor da variação geográfica/nacional: no Brasil o tu ainda alterna com o você em certos falares nordestinos; o vós está, em Portugal, reservado às gentes do centro interior e norte. Mas no Brasil, o vós morreu mesmo:

«Todas [as gramáticas], sem exceção, nos dizem que os pronomes pessoais do caso reto são "eu, tu, ele/a, nós vós, eles/as". Isto mesmo. Nenhuma deixa de listar o dinossauro "vós". Ora, este velho e desaparecido pronome — desaparecido no uso — deveria constar, evidentemente, em um estudo da história da língua portuguesa (...)»

Sírio Possenti, Mal Comportadas Línguas, Criar Edições


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A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) fez 100 anos e assinalou o evento com um dos mais bem construídos anúncios, que versa sobre o poder da vírgula

De facto, a vírgula não é um dispositivo estético-estilístico, nem tem a função primária de marcar uma pausa na fonação. A vírgula é um marcador da estrutura sintáctica da frase.

A propósito, sai neste mês uma obra de divulgação sobre sintaxe — umas das áreas mais desguarnecidas nos estudos linguísticos em Portugal.

Cf.  5 bons motivos (e 10 regras) para usar corretamente a vírgula

 

N.E. – O não uso da obrigatória vírgula no vocativo – seja quando ela representa um chamamento, um apelo, uma saudação ou uma evocação* – generalizou-se praticamente no espaço público português, dos órgãos de comunicação social à publicidade .Por exemplo, aquiaquiaquiaqui ou aqui. Uma incorreção várias vezes esclarecida no Ciberdúvidas – vide Textos Relacionados, ao lado –, assim como noutros espaços à volta da língua portuguesa. 

Cf. entre outros registos: Vocativo + Vocativo: uma unidade à parte + O uso da vírgula no vocativoVocativo – uma questão de vírgula + A vírgula do vocativo – Exemplos de vocativo no início, no meio e no fim da frase + 5 bons motivos (e 10 regras) para usar corretamente a vírgula.

* Por regra, no discurso direto e, geralmente, em frases imperativas, interrogativas ou exclamativas.

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É verdade que a língua evidencia princípios à revelia da lógica. É verdade também que a língua, sendo um sistema, apresenta muitos sintomas de heterogeneidade.

Mas escrever "paralímpico" em vez de paraolímpico, como está determinado por documento legal, já não cabe em nenhuma explicação de ordem linguística.

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1. Referimo-nos ao assunto numa das últimas Aberturas, mas a comunicação social portuguesa insiste em dizer e escrever "paralímpico", adaptação apressada do inglês paralympic. Na realidade, as formas mais correctas são parolímpico e paraolímpico, como já explicava o nosso consultor F. V. Peixoto da Fonseca numa resposta de finais do ano 2000. Oito anos depois, Maria Regina Rocha explica neste texto como a supressão da vogal "o" é  «um atentado à integridade semântica da palavra, formada a partir de olimpíadas».

2. Entretanto, neste dia, revelamos como é controversa a definição de uma norma linguística. Por exemplo, a expressão «nem tampouco» é aceitável, apesar de ilógica, e o gerúndio é mais necessário do que se pensa.

3. Nas Notícias, falamos da recente publicação do livro Vocabulário — As Palavras Que Mudam com o Acordo Ortográfico. Encontra-se em papel nas livrarias portuguesas, mas também se disponibiliza como edição em linha no Portal da Língua Portuguesa/ILTEC.

4. Na Montra de Livros, apresentamos uma nova gramática escolar, da autoria de Ana Martins.

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Neste dia, recomendamos a consulta da rubrica Pelourinho. Aí se disponibilizam textos de João Alferes Gonçalves, José Mário Costa, Ana Martins, entre outros, corrigindo erros de linguagem e apontando equívocos sobre o que pode ser uma língua.

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1. Lembramos que nos passados meses de Julho e Agosto continuou acesa a discussão em torno do novo Acordo Ortográfico. Nas Controvérsias, podem ler-se sobre este assunto textos de Fernando Venâncio, Fernando dos Santos Neves, António Emiliano, Vasco Graça Moura e Rui Tavares. Gilberto Gil também se pronunciou a respeito da questão ortográfica.

2. Ortografia, sintaxe, semântica e léxico são as áreas linguísticas em foco nesta actualização.

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1. Há nomes geográficos que aguardam a estabilização da sua forma fonética e gráfica em português. É o caso de Abecásia, nome da região disputada entre a Geórgia e a Rússia.

2. Na rubrica O Nosso Idioma, Maria Regina Rocha explica que se deve dizer e escrever paraolímpico e não "paralímpico".

3. A Mordebe disponibiliza agora informação sobre a partição das palavras na escrita. O acesso é feito pelo Portal da Língua Portuguesa.