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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Este é o primeiro dia em que a língua portuguesa é utilizada nas intervenções de abertura e debate da Assembleia Geral das Nações Unidas. Portugal assegura a tradução simultânea para as seis línguas oficiais da organização.

De acordo com uma nota da Presidência da República, esta iniciativa decorre das decisões da Cimeira de Lisboa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que teve lugar em Julho e onde foi acordado lançar acções com vista à promoção do português como "língua global".

2. A língua gestual é a portuguesa, o país beneficiário é Angola, mas a iniciativa é de Itália: um dicionário em língua portuguesa destinado a pessoas surdas e mudas será lançado brevemente em Luanda, pela Embaixada da Itália em Angola.

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1. O artigo, publicado no Diário de Notícias de 21 de Setembro, do presidente da Direcção da Associação dos Consultores em Propriedade Industrial, refere que entrou em vigor, em 1 de Maio 2008, o Acordo de Londres, que limita ao inglês, ao francês e ao alemão a concessão de patentes no espaço da União Europeia. Espanha opõe-se terminantemente, nada se sabendo sobre a posição do Governo português.

2. Há uma relação sistemática entre as categorias gramaticais de uma língua e o modo como os indivíduos percepcionam o mundo e agem sobre ele. Tal permite colocar a hipótese de que os erros de língua indiciam um pensamento enredado.

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1. Recordamos que, no próximo dia 23 deste mês, é lançado o DVD da primeira série do  programa sobre língua portuguesa Cuidado com a Língua!.  O evento terá lugar, às 18h30, na Fnac do Chiado, em Lisboa, e a apresentação será feita pelo professor Carlos Reis. É de relevar que o referido DVD vem acompanhado de um livro, da autoria de Maria Regina Rocha e José Mário Costa, em edição da Oficina do Livro.

2. Convém lembrar igualmente que a 7.ª edição do Colóquio Anual da Lusofonia decorrerá em breve, de 2 a 5 de Outubro, em Bragança, e tem como tema central  Língua Portuguesa e Crioulos: uma relação biunívoca.

3. Nesta actualização, saiba que escrever Guisande (Portugal) com s não é uma bizantinice. Depois, curioso pela língua, acerte na muche do bem falar e bem escrever, se possível, sem anglicismos.

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1. Ou as coisas já não são o que eram, ou então andámos muito tempo iludidos. No Correio, um consulente espanhol revela que não é só no português falado que se "comem" sons; também na sonora e assertiva língua castelhana se fundem sílabas na ligação de palavras e se omitem vogais e consoantes.

2. Talvez por isso, neste dia, duvidamos das evidências. É, pois, necessário reiterar: taxista e «motorista de táxi» referem-se à mesma profissão; o plural cidadãos abrange indivíduos dos dois sexos; «o João viaja, porque tem descontos» não diz o mesmo que «o João viaja, mas tem descontos».

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1. Do sólido ao gasoso, passando pelo líquido, tais são os estados da matéria. Transpostos para a descrição da actualidade socioeconómica portuguesa são metáfora, como mostra Ana Martins.

2. Nunca é de mais insistir: diz-se e escreve-se paraolímpicoJosé Mário Costa  resume os argumentos  em desabono das formas "paralímpicos" e "para-olímpicos", em carta dirigida ao jornal Público, respondendo a um leitor que advogava a segunda grafia. Fica desde data incluída na rubrica O Nosso Idioma.

3. Setembro é o mês da rentrée, e, sempre atarefados, descobrimos gauleses na Madeira, relações perigosas entre vitupério e vício e uma sigla que designa a ordem de palavras típica do português — SVO.

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1. Prosseguem os jogos que a maior parte da comunicação social portuguesa prefere chamar "paralímpicos". Mas há jornalistas que lembram que é paraolímpico a forma mais correcta. É o que faz Rui Cartaxana num texto que divulgamos no Pelourinho.

2. Numa das respostas deste dia, mostramos a importância do conceito de protótipo para uma teoria da categorização linguística. Depois, passamos à prática, tentando definir o significado de moreno.

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1. No Brasil, o sinal de trânsito de paragem obrigatória mostra muito naturalmente a palavra pare, que é forma do verbo parar, mas em Portugal o que se lê é o inglês stop. Este e outros exemplos são sintomáticos do desamor pela língua em terras lusitanas — comenta Maria Regina Rocha num texto divulgado na rubrica Pelourinho.

2. A propósito de estrangeirismos, saiba nesta actualização que tupino é provavelmente um castelhanismo, usado em Trás-os-Montes (Portugal), que para Tower Bridge não há tradução consagrada e que o apelido Brazeta pode ter origem italiana ou croata.

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Depois de um interregno de vários meses, o programa sobre língua portuguesa Cuidado com a Língua! vai ser retomado na RTP 1, num novo horário:segundas-feiras, às 21.15h (hora de Portugal), depois do Telejornal (com repetição, como com as três anteriores séries, na RTP 2, na RTP N, na RTP África e na RTP Internacional, além de ficar disponível, semanalmente, na página da televisão pública portuguesa). O primeiro episódio desta  quarta série é já na próxima segunda-feira, dia 15 [tema central: o tempo e palavras e expressões à volta, como «horóscopo», «à última hora» (e não «à última "da" hora») ou «do tempo dos Afonsinos», entre outras.] 

Paralelamente, no dia 23 deste mês, vai ser lançado o DVD da primeira série, acompanhado de um livro, editado pela Oficina do Livro. O evento terá lugar na Fnac do Chiado, em Lisboa, e a apresentação será feita pelo professor Carlos Reis.

O livro sobre esta primeira série de 13 programas do Cuidado com a Língua! tem a autoria de Maria Regina Rocha e José Mário Costa.

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Acaba de ser publicado pela Editora Melhoramentos (São Paulo), o Guia Prático da Nova Ortografia. Destinado ao público brasileiro, é uma obra útil também para o resto do mundo de língua portuguesa, neste momento de transição para a vigência do novo acordo ortográfico.

Igualmente do Brasil nos chega o eco de acusações tradicionalmente feitas a Pêro Vaz de Caminha por causa de uma passagem da sua famosa Carta.  Leia-se na rubrica Lusofonias a brilhante resposta de um dos mais categorizados diplomatas portugueses da actualidade, o embaixador Francisco Seixas da Costa.

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Do vossa mercê ao você não houve apenas amálgama, mas também o nascimento de uma forma pronominal: você ou tu; vocês ou vós, com o consequente enfraquecimento da concordância verbal.

Mas não está tudo dito: porque as formas de tratamento estão no cerne de uma actividade muitíssimo complicada — as relações humanas —, e simultaneamente sob o efeito de factores histórico-sociais, a substituição de você por o senhor, a colega, o Sr. Engenheiro, o compadre não pode ser irreflectida.

Junte-se a isto o factor da variação geográfica/nacional: no Brasil o tu ainda alterna com o você em certos falares nordestinos; o vós está, em Portugal, reservado às gentes do centro interior e norte. Mas no Brasil, o vós morreu mesmo:

«Todas [as gramáticas], sem exceção, nos dizem que os pronomes pessoais do caso reto são "eu, tu, ele/a, nós vós, eles/as". Isto mesmo. Nenhuma deixa de listar o dinossauro "vós". Ora, este velho e desaparecido pronome — desaparecido no uso — deveria constar, evidentemente, em um estudo da história da língua portuguesa (...)»

Sírio Possenti, Mal Comportadas Línguas, Criar Edições