Notícia da agência Lusa, publicada no Diário de Notícias sobre o défice de professores que ensinam a língua portuguesa na Venezuela, onde o português fará parte do programa oficial a partir do próximo ano lectivo. E esta outra do jornal Globo, segundo a qual os professores brasileiros podem tornar-se a opção mais viável para garantir a adopção da língua portuguesa como primeiro idioma estrangeiro na Venezuela.
Preocupados pela situação, um grupo de professores de língua portuguesa na Venuzuela enviou ao Instituto Camões uma missiva explicando a importância do projecto e propondo a criação de cursos complementares para quem ensina o português. «Estamos a trabalhar na formação (de professores), há entre 30 e 40 alunos que estudam português há quatro anos, que são muito bons alunos e que podiam ser professores», disse à agência Lusa o professor David Pinho, do Colégio Nossa Senhora de Fátima.
«Estamos a aguardar resposta a uma missiva enviada ao Instituto Camões e à Universidade de Lisboa, estamos à espera que o Ministério de Educação (de Portugal) nos autorize a avançar nesse sentido», precisou David Pinho, sugerindo que esses cursos complementares se realizem em várias universidades venezuelanas.
«A insistência no sentido de avançar com essas acções de formação deve-se a sabermos que de Portugal não vai vir nada, nem apoio económico, nem professores», disse David Pinho, que enfatizou que países como a França facilitam a formação de docentes através de instituições como a Alliance Française.
Por outro lado, anunciou que mais de três dezenas de estudantes venezuelanos de língua portuguesa vão realizar, em Julho, em Lisboa, os exames do DIPLE (Diploma Intermédio de Português como Língua Estrangeira) e que são «bons alunos».