1. São 32 as respostas disponibilizadas na actualização deste dia, com temas revisitados:
2. Entretanto prossegue a crítica à TLEBS (Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário — em Portugal), pela mão de João Andrade Peres (Ver Controvérsias).
Portugal não vai pôr em vigor um acordo que já assinou, atestado por uma ratificação que vai assinar?
Sim e não.
Sim, porque não diz que não; não, porque essa vigência não afectará a actual geração de alunos a frequentar as escolas portuguesas. E, no entanto, a questão do acordo está na ordem do dia.
O facto de a língua portuguesa ser hoje partilhada por uma vasta comunidade de falantes é consequência de uma visão e acção — com sucessos, fracassos e tragédias, é certo — de um punhado de gente que se pôs a mexer.
E, na actualidade, qual é a visão dominante? Cavaco Silva sublinha as potencialidades culturais e económicas decorrentes da partilha da língua entre os países lusófonos (o que quer dizer que tal facto não está a ser considerado como suficientemente evidente e mobilizador); Fernando dos Santos Neves refere-se ainda ao Acordo Ortográfico como peça-chave da «unificação institucional e plural da língua portuguesa».
Durante e após a escolaridade, todos os falantes do português devem vigiar o seu desempenho oral e escrito: o erro é fácil e a reflexão sobre o que se diz e o gosto em dizer bem já tiveram melhores dias. Daí que seja pertinente revisitar velhas dúvidas:
Rematamos com a dúvida que tem sido mais difícil de esclarecer: para quando o Acordo Ortográfico?
Portugal assina o protocolo modificativo do Acordo Ortográfico? Assina, mas recorre à «reserva de aplicação», que fará com que a vigência do acordo fique a hibernar até 2017 — nem mais, nem menos.
Entretanto confirma-se, com a absoluta certeza, o avanço do Brasil na aplicação das novas regras ortográficas já em 2008.
O que está em causa no Acordo? Saiba-o na actualização deste dia, nas rubricas «O Nosso Idioma» e «Controvérsias».
1. Já sabemos que no uso da língua há regras gramaticais, há convenções sociais e há excepções. Nesta actualização, falamos um pouco de tudo isto, mas também de critérios a aplicar a formas irregulares, neológicas ou estruturalmente menos estáveis:
— como formar o diminutivo de um nome masculino terminado em -a (por exemplo, poema)?
— devem-se hifenizar sempre os compostos constituídos por verbo e substantivo (ex., guarda-fatos)?
— como fazer a concordância com sujeitos ligados por «bem como»?
2. A vida institucional exige à língua estabilidade. Foi com esse intuito que Rebelo Gonçalves (1907-1992) trabalhou arduamente, como relembra a rubrica O Nosso Idioma.
Neste dia relemos Aquilino Ribeiro para mostrar como interjeições e expressões idiomáticas cristalizam algumas situações de comunicação com as suas especificidades históricas.
Satisfazemos a eterna curiosidade pela origem das palavras: donde vêm dândi e confraternizar?
Analisamos orações e predicados.
E embrenhamo-nos nas designações do aloés.
1. O presidente dos Estados Unidos só pode andar enganado. Como é que financiar o ensino do português é esbanjar dinheiro, se há tantos sinais da sua importância e vitalidade? Por exemplo, chegam notícias de que no Project Gutenberg, biblioteca digital criada por voluntários, o número (163) de livros em português ultrapassou o das obras em castelhano. Espera-se que George W. Bush não pense que os brasileiros se exprimem numa espécie de variante da língua dos mexicanos...
2. ... porque depressa reconhecerá que a maior parte das dúvidas deste dia só em português faz sentido. Além das respostas em destaque, abordamos ainda:
1. Evitamos esta palavra ou aquela expressão porque soam mal, mesmo quando se trata de formas correctas. Porque acontece isso? Ana Martins sugere respostas e levanta mais questões no Pelourinho.
2. As dúvidas deste dia centram-se na onomástica, isto é, no estudo dos nomes próprios. Mostra-se assim que o apelido Fiúza remonta ao latim fidūcia e que Vítor e Vitória têm a mesma raiz. Enfim, os nomes próprios ilustram bem como as palavras traçam um percurso histórico individual e podem esquivar-se à generalização de regras linguísticas.
1. Mais uma vez, a comunicação social dá conta de como pode ser contraditória a relação entre a imagem e a realidade das línguas. Ao que parece, o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, argumentando que se trata de uma medida despesista do Congresso norte-americano, vetou uma proposta de apoio financeiro ao ensino do português naquele país. Em Portugal, o Secretário de Estado Adjunto da Educação revelou que o número de alunos de Português curricular no estrangeiro aumentou 4,57 por cento em relação ao ano passado. Estamos a falar de uma das dez línguas mais faladas no mundo — mas a que falta a devida atenção por parte de certas forças hegemónicas.
2. Nas respostas deste dia, são focadas as seguintes áreas gramaticais e linguísticas:
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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