O complemento de um nome (no caso, sorriso) pode também relacionar-se com a transposição do sujeito do verbo transitivo correspondente (sorrir). É, portanto, adequado dizer que «da Maria» é complemento do nome na expressão «o sorriso da Maria»: «A Maria sorri» → «o sorriso da Maria».
Em relação a «viagem marítima», o adjetivo marítima tem a função de complemento do nome, porque pressupõe o uso transitivo indireto de viajar: «viajar por mar» [«por mar» = complemento oblíquo] → «viagem marítima».
Finalmente, a oração subordinada adjetiva relativa restritiva «que me deste» é um modificador restritivo. Não se trata de um complemento do nome, porque, se assim fosse, deveria remeter para as características semânticas de livro, as quais pressupõem uma atividade e o seu resultado (o próprio livro); nessa atividade contam-se: a) um autor; b) o tema, o tópico ou o assunto que organizam o texto do livro. Como a oração «que me deste» não se enquadra nem em a) nem em b), depreende-se que não pode ser senão um modificador restritivo.