As notícias sublinham um consenso entre os participantes da conferência Português, Língua de Oportunidades, realizada pelo Diário de Notícias, em Lisboa: os líderes políticos da CPLP devem falar sempre em português perante a comunidade internacional. Pela defesa deste princípio, manifestou-se o embaixador do Brasil em Portugal, Mário Vilalva, cujo ponto de vista teve o reforço de outras intervenções; por exemplo, a do embaixador português Francisco Seixas da Costa, que considerou necessária a aposta dos países lusófonos na formação de intérpretes e na criação de instrumentos para permitir a utilização da língua portuguesa nos organismos internacionais; registem-se também as declarações de Jorge Sampaio, antigo presidente da República português, que vê urgência na inclusão do português entre o grupo de línguas oficiais das Nações Unidas. Assinale-se ainda a posição de Luís José de Almeida, embaixador angolano junto da CPLP, atribuindo ao português a função de promover a unidade e a coesão interna de norte a sul de Angola, ao mesmo tempo que pediu a Portugal e ao Brasil maior empenho na projeção da língua. Não obstante o percalço do cartaz com o programa desta conferência, sob o título genérico O futuro da língua portuguesa discutido em bom português – comentado no Pelourinho, por contraditoriamente apresentar anglicismos inúteis –, só se deseja a (breve) concretização em atos do que foi aí proferido.
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Regressa o consultório do Ciberdúvidas, com nova atualização, em que se esclarecem dúvidas sobre um neologismo, um caso de sintaxe e a derivação de um adjetivo. Em O Nosso Idioma, a norma e o uso da língua em Angola voltam a ser o grande tema de mais duas crónicas de Edno Pimentel – uma sobre o uso da vírgula, e outra a respeito da conjugação do verbo atrever-se. Entretanto, ainda à volta da plena entrada em vigor em Portugal do Acordo Ortográfico, deixamos transcrito na respetiva rubrica um trabalho publicado no jornal i de 28/05/2015 com quatro figuras que têm intervindo a seu favor. São professores universitários, ensaístas e linguistas: João Malaca Casteleiro, Carlos Reis, Fernando Cristóvão e Pedro Dinis Correia. Para o enquadramento da querela à volta das novas regras ortográficas do português, sugerimos a consulta destes artigos que passaram a integrar o vasto e diversificado arquivo do Ciberdúvidas sobre o assunto:
Academia Brasileira de Letras reage às críticas ao acordo (2013)
Filólogo critica acordo ortográfico por recorrer à pronúncia para criar regras (2012)
Quem pretenda participar ativamente na difusão do português no Reino Unido pode encontrar ótimas experiências profissionais...
– num concurso para o recrutamento de um professor de Português que exercerá funções durante três anos na Universidade de Cardiff, com o apoio do Camões, Instituo da Cooperação e da Língua;
– e na abertura, igualmente por parte do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, de um procedimento concursal para o recrutamento um docente de Português o cargo de leitor na Universidade de Newcastle.
As expressões populares são tema do programa Língua de Todos de sexta-feira, 29 de maio (às 13h30*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h10*). Quanto à emissão do Páginas de Português de domingo, 31 de maio (na Antena 2, depois das 17h00*), o convidado é o novo presidente da Sociedade da Língua Portuguesa, Francisco Moita Flores.
* Hora oficial de Portugal continental.