Os verbos, como outras classes, podem ser definidos de acordo com diferentes perspetivas – e essas diferentes subclasses existem há longa data.
As classificações de que fala são de dois tipos:
I – sintático-semântica
II – morfológica, relativa ao tipo de flexão
Do ponto de vista sintático, os verbos compreendem três subclasses, segundo o Dicionário Terminológico (DT), que, atualmente em Portugal, se destina a apoiar o estudo da gramática nos ensinos básico e secundário:
– verbo principal;
– verbo copulativo;
– verbo auxiliar.
Os verbos principais subdividem-se, por sua vez, em:
– intransitivo;
– transitivo direto e indireto;
Quanto aos tipos flexionais apresentados pelos verbos, temos:
– verbo regular;
– verbo irregular;
– verbo defetivo.
Os verbos defetivos subdividem-se ainda em verbos impessoais e verbos unipessoais.
Este é o esquema que é possível distinguir no DT e nas gramáticas escolares que o aplicam. No entanto, é natural que noutro tipo de gramáticas a classificação não seja exatamente igual. Como, por enquanto, em Portugal, o DT é reconhecido pelo Ministério da Educação e Ciência, será essa a terminologia que se deverá ter em conta na descrição gramatical em contexto escolar. Diga-se, porém, que, na anterior terminologia escolar, a Nomenclatura Gramatical Portuguesa de 1967, a classificação também era encarada sob as duas perspetivas, embora a distribuição das subclasses fosse um pouco diferente:
– do ponto de vista morfológico:
a) Regulares.
Irregulares.
b) Defetivos:
Pessoais.
Unipessoais.
Impessoais.
c) Principais.
Auxiliares.
– do ponto de vista sintático:
a) verbos de significação definida e de significação indefinida;
b) verbos transitivos e intransitivos.