O que significa «chuço», «dar um chito», «cruzeta», «morcão» ou «esganar um paiva»? E «fino como um alho», «nalgueiro», «ferrar o galho», «finguelas», «ir de saco», «lostra» ou «songa»? Ou ainda «vai-te quilhar», laurear a pevide», «fazer um foguete», «estar com o toco» e «romper meias solas»? Todas estas expressões e termos, pouco ou nada conhecidos pelo comum dos falantes de português, estão no Dicionário de Calão do Porto, de João Carlos Brito, que compila 4000 significados, 2800 entradas e 30 artigos sobre o típico e divertido linguajar tripeiro. Não se trata de uma obra parada no tempo. Os termos e as expressões apresentadas vêm desde o passado até à forma de comunicar nos nossos dias, dos vocábulos populares, à gíria urbana da cidade do Porto. Além do significado respetivo, o autor acrescenta em muitos desses registos uma esclarecedora fundamentação sociolinguística e etimológica.
Um reparo à omissão de qualquer bibliografia, como mandam as regras neste tipo de obras de temática não original e com vários livros já publicados anteriormente – como são os casos, entre outros, de Porto, Naçom de Falares, Heróis à Moda do Porto, Dicionário Aberto de Calão e Expressões Idiomáticas e Lugares e Palavras do Porto (este da autoria do próprio João Carlos Brito).
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