Ensino - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao ensino do português língua materna/língua estrangeira.

Os exames nacionais do ensino básico (9.º ano) e secundário (12.º ano), edição de 2008, foram fortemente criticados por várias associações e especialistas de diferentes áreas do saber. A crónica de Inês Pedrosa publicada no Expresso e reproduzida abaixo faz uma análise crítica dos exames de língua portuguesa.

 

 

<i>Ars Grammaticae</i>

 

Foi notícia desta semana: este ano há apenas 313 alunos inscritos para fazer exame nacional de Latim. O número de alunos a aprender latim diminuiu 80 por cento nos dois últimos anos.

É um ditame constante das “novas” pedagogias: abordar as matérias indo ao encontro do tipo e do nível de saberes e interesses dos alunos.

Peço ao leitor o esforço de imaginar uma aula de Português. O professor dá início ao estudo de Os Lusíadas.

«Cessem do sábio Grego e do Troiano/As navegações grandes que fizeram.»

Quem são o sábio grego e o troiano? São Ulisses e Eneias, respectivamente.

Porque é que o poeta não disse logo os nomes deles?

Mestrados em inglês?

Não está em causa a importância do inglês mas a tendência para uma visão monolítica e imperial da sua importância.

Leio no último Expresso, de 10 de Novembro, que o ministro Mariano Gago, em encontro de professores, alunos, reitores e políticos de 27 Estados da União Europeia, realizado em Lisboa, terá proposto que o inglês se torn...

Por João Vaz

Ao longo da semana que hoje começa arranca mais um ano lectivo. As preocupações são muitas e a mais importante deve ser o que vão os alunos aprender.

Há uma ideia sobre a qual não devem existir dúvidas. A escola não é o local onde, à guarda dos professores, crianças e adolescentes estão protegidos para tranquilidade dos pais. A escola é um local de trabalho, onde se fornece e estimula a procura de conhecimentos.

Instituto Português do Oriente arranca com 1300 alunos

O Instituto Português do Oriente vai ensinar língua e cultura portuguesas em Macau a mais de 1300 alunos, grande parte dos quais pertencente aos quadros dos serviços da Administração Pública, disse hoje à Lusa a presidente da instituição.

Com quatro níveis de ensino – iniciação, elementar, intermédio e avançado – os cursos do Instituto Português do Oriente serão orientados por nove professores a tempo inteiro e «dois a três» a tempo parcial, disse a mesma responsável.

Ler notícia integral.

O Público [de 04/08/2007] trazia um artigo sobre como menos de um por cento dos alunos do segundo ciclo escolhe o francês como língua estrangeira de aprendizagem. Mas o que me preocupa aqui não é tanto a questão do francês, que aliás continua a dominar no terceiro ciclo.

O Ministério da Educação pode dar-se ao luxo de ser selectivo porque o ensino superior público continua a formar professores que nunca terão lugar no sistema educativo

O Ministério da Educação não confia no Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior. Ou, mais precisamente, os responsáveis políticos pelo ensino básico e secundário olham com sérias reservas para as competências adquiridas pelos licenciados dos cursos de formação ...

O título da crónica desta semana podia ser também: «ver como o que se diz não se faz».

Diz-se que o ensino do português no estrangeiro é uma questão nacional. Cavaco Silva, de visita aos EUA no passado mês de Junho, declarou que os portugueses no estrangeiro são os guardiães da língua portuguesa no mundo. A Constituição estabelece como um direito o ensino do português junto das comunidades emigrantes.

Consulta do dicionário, descoberta de palavras em jogos, leitura de textos literários e aprendizagem do Latim permitem ganhar novo vocabulário.

Cristina Pimentel, professora do Departamento de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras de Lisboa, não podia ser mais crítica.

«A Língua, agora, é para consumo imediato, a literatura praticamente desapareceu dos currículos das escolas, os alunos estão reduzidos a um vocabulário mínimo que utilizam mal», sentencia.