Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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De algumas “modas” (mais ou menos recentes) na língua portuguesa…
Péssimos hábitos nos canais da televisão em Portugal

«Já quase generalizada em Portugal, mas erradíssima, é a incompreensível pronúncia da modalidade desportiva que, em língua portuguesa, se escreve râguebi como "reiguebi"» — critica a linguista Carmen Gouveia num apontamento em que reúne alguns maus usos recorrentes nos canais de televisão de Portugal.

Diz-se <i>imperial</i> ou <i>fino</i>?
A variação linguística na nova música de Ana Bacalhau e Cláudia Pascoal

A propósito da música "Imperial é fino", interpretada por Ana Bacalhau e Claúdia Pascoal e escrita por Capicua, a consultora Inês Gama aborda a variação linguística do português europeu, a qual gera, por vezes, uma competição linguística saudável entre alfacinhas (lisboetas) e tripeiros (portuenses).

Norma linguística e inclusão social (I)
Língua e coesão social

«Pouco se diz sobre a relação entre exclusão social e incapacidade de expressar-se linguisticamente, não obstante os estudos sociológicos que vinculam dramaticamente os dois fatos na construção de uma sociedade desigual» – sustenta o linguista e filólogo Ricardo Cavaliere numa reflexão que, tendo em conta a realidade sociolinguística do Brasil, aborda a relação entre variação linguística e coesão social nas escolas. Artigo publicado no mural Língua e Tradição em 26 de outubro de 2024, no Facebook, e aqui transcrito com a devida vénia.

A  sinonímia do termo <i>obsoleto</i>

A sinonímia do adjetivo obsoleto é o tema do apontamento gramatical da consultora Inês Gama (divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2, em 10/11/2024).

Não é de hoje...
O português e o separatismo linguístico

«Já faz tempo essa ideia alarmista de que "daqui a X décadas", as variedades vão se separar de vez e se transformarão em línguas diferentes» – comenta o gramático Fernando Pestana a respeito da possibilidade de o português do Brasil se tornar uma língua autónoma, separada das atuais variedades do português. Apontamento publicado no mural deste autor no Facebook (31/10/2024).

 

Da canela à canalha
Como começar a falar português nas pastelarias de Lisboa

«Tudo começou quando me mudei para Lisboa, em setembro de 2022, para fazer o doutoramento e me instalei num prédio cor-de-rosa dos anos 50 no centro de Arroios, na Almirante Reis» – conta a investigadora arménia Raya Khachatryan a respeito da sua experiência como estudante de língua portuguesa num ambiente tipicamente lisboeta, as pastelarias, entre muitos pastéis de nata.

«Please wait to be seated» <br> (Espere que lhe indiquem uma mesa)
A Lisboa que só fala inglês e está a violar a lei

«Numa rua assombrada pela beleza daquele sermão de Padre António Vieira e da partida como destino, está, à porta de um estabelecimento, esta tabuleta: Please wait to be seated (Espere que lhe indiquem uma mesa).»

Texto da jornalista Fernanda Câncio sobre a proliferação de estabelecimentos da restauração em Lisboa nos quais a língua de comunicação é não o português, mas o inglês. Transcreve-se, com a devida vénia, parte deste texto publicado no Diário de Notícias em 3 de novembro de 2024.

 

 

 

«Inocentou-se aquele réu»
A passiva de -se

A questão de saber se a frase «Inocentou-se aquele réu» se encontra na passiva dá tema ao apontamento da professora Carla Marques (divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2, em 3/11/2024).

Extensão semântica e confusão lexical

Um jornalista disse «barrela de perguntas» por «barragem de perguntas». O consultor Paulo J. S. Barata assinala a confusão e comenta o uso figurado de barragem em «barragem de perguntas».

<i>Entrar</i> num contentor do lixo
Os usos do verbo entrar

Quando se diz que uma pessoa «entrou num contentor do lixo», será que estamos diante de uma expressão bem escolhida? A consultora Sara Mourato questiona a opção linguística de uma notícia em português inspirada na que foi dada por uma publicação espanhola, onde o espanhol meter se tornou entrar. De facto, não seria mais natural meter(-se) para dar conta da ocorrência?