As palavras e termos usados no contexto da denúncia de situações indesejadas no âmbito das relações humanas, num momento em que em Portugal as acusações de assédio sobem de tom, dá o mote para o apontamento da professora Carla Marques.
As palavras e termos usados no contexto da denúncia de situações indesejadas no âmbito das relações humanas, num momento em que em Portugal as acusações de assédio sobem de tom, dá o mote para o apontamento da professora Carla Marques.
Quando se lê a expressão «a capacidade de maternar», o que se entende por maternar? Este é um verbo que surge em contextos referentes a recém-mães, mas que não se encontra ainda atestado nos dicionários. Procura-se, assim, com este texto, perceber por que via chegou este verbo à língua portuguesa, tendo em conta que há seus sinónimos nas línguas inglesa e francesa.
«Não há línguas universais de Direito, porque nenhuma está ou foi reconhecida oficialmente como língua de todo o planeta», escreve neste texto o advogado e esperantólogo Miguel Faria de Bastos, em discordância com as considerações expressas na resposta intitulada "Língua universal, língua mundial, língua franca", com a data de 14 de abril de 2023.
«“[A] tecnologia e o digital dão a todas as pessoas uma vivência mais inclusiva” e [estes meios revelam-se] como “ferramentas poderosas para promover a inclusão”» – afirmou a professora universitária e investigadora Sílvia Couvaneiro (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa) no debate realizado no âmbito das PSuperior Talks, uma iniciativa do Público em parceria com outras entidades, com vista a promover a literacia mediática nos estudantes universitários.
Do encontro, transcreve-se, com a devida vénia, uma síntese da autoria do jornalista João Santos Silva e incluída o caderno P3 do referido jornal (edição de 11 de março de 2023). Mantém-se a ortografia usada no original.
«Não sei como se chegou ao nome Macaronésia. Será o M de Madeira, A de Açores, C de Canárias e A de Abo Verde? Ou Ma de Madeira, C de Cabo Verde e Canárias, e A de Açores? Ou M de Madeira, A de Açores e CA de Canárias e Cabo Verde?» – interroga-se humoristicamente o escritor e jornalista Miguel Esteves Cardoso em crónica incluída no jornal Público em 12 de abril de 2023. Mantém-se a ortografia do texto original.
«Fazer um dicionário é atividade morosa e dispendiosa e nem o acesso a tecnologias cada vez mais sofisticadas pode garantir a qualidade do produto final, se este não tiver por trás saber e reflexão sobre as palavras, a forma de as descrever e sobre aquilo que o utilizador espera de e procura num dicionário.»
Artigo da linguista e professora universitária Margarita Correia publicado no Diário de Notícias em 10 de abril de 2023.
«Quando consideramos o universo dos países de língua portuguesa, a desigualdade de acesso às tecnologias digitais, principalmente à internet, torna-se evidente» – observa a linguista e professora da Universidade Federal da Bahia, Edleise Mendes, na crónica escrita e lida para o programa Páginas de Português, transmitido pela Antena 2, em 2 de abril de 2023.
No contexto da discussão da chamada «lei da eutanásia», a definição dada de «sofrimento de grande intensidade» no Decreto da Assembleia da República n.º 23/XV começa assim: «[é o] o sofrimento físico, psicológico e espiritual [...]». O Tribunal Constitucional rejeitou o decreto pelo Acórdão n.º 5/2023, considerando que a definição é ambígua, porque, em «sofrimento físico, psicológico e espiritual», a conjunção e pode ter dois valores, cumulativo e alternativo. Sendo e uma conjunção coordenativa copulativa, que marca valores adicionais, como é que se pode falar do seu valor «cumulativo»?
Os erros de português são um dos temas mais frequentes recebidos pela provedora do telespectador da RTP, Ana Sousa Dias. Um assunto retomado no programa Voz do Cidadão, emitido no primeiro canal da televisão pública portuguesa, no dia 8 de abril de 2023.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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