Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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O que será afinal um «orçamento pipi e betinho»?
A propósito das considerações do líder do PSD

«Em Portugal, por esta altura, são habituais as discussões em torno do orçamento de Estado (OE). Normalmente, as páginas dos jornais e os espaços noticiosos dos canais de televisão são preenchidos por vocabulário complexo da área da economia e das finanças. [...] Todavia, até ao momento, uma boa parte das discussões sobre este importante documento têm estado centradas não nas propostas que este apresenta, mas antes nos adjetivos que o líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, utilizou para o caracterizar. [...] Serão estes termos apropriados para um tipo de discussão que se pretende séria? E já agora quais os seus significados e contextos de usos?»

À volta destas perguntas a consultora do ciberdúvidas Inês Gama apresenta algumas considerações sobre as palavras pipi e betinho.

Na era pós-leitura?
As redes sociais como palco do eu e dos egos insuflados
Por Dora Gago

«Há correntes a defender que nunca se leu tanto como actualmente, pois lê-se nos ecrãs, nas redes sociais… e o conteúdo, o teor daquilo que se lê? Não importará, não fará qualquer diferença? Por vezes, o que se faz é tresler, passar os olhos pelo início, pelo fim, sem perceber muito bem o que é dito, mas atirando uma opinião instantânea sobre algo que nem se sabe sequer o que é.»

 

Artigo da professora e escritora portuguesa Dora Gago, transcrito, com a devida vénia, do blogue Algarve Informativo, com a data de 01/06/2023. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

<i>Haver</i> impessoal
Uma questão de concordância

A identificação da frase correta entre as frases «Promessas terrenas, não as havia» e «Promessas terrenas, não as haviam» leva a professora Carla Marques a analisar os usos impessoais do verbo haver

 Apontamento incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 15 de outubro de 2023.

«Atuação» = «a tua ação»?!...
Mais um engenhoso e inventivo exercício de paraetimologia

«Espanta-me sempre a criatividade dos falantes nestas corruptelas» – declara o consultor Paulo J. S. Barata a propósito de uma entrevista televisiva em que uma etimologia falsa (paraetimologia), a da palavra atuação, teve intuito retórico e oratório.

Portaria, <i>concierge</i>, <i>sky flat</i> e a Fintech House
Dois exemplos a propósito do ambiente multilingue de Lisboa

«Francamente, embora percebendo que o alvo desta empresa é um público internacional, e que comunica sobretudo em inglês, a atual língua franca do mundo, seria exigível, em minha opinião, quanto mais não fosse por respeito e integração no país de acolhimento, que ao menos os textos aparecessem também em vernáculo» – argumenta Paulo J. S. Barata, acerca do uso do inglês e de outras línguas na comunicação pública escrita que se pratica em Lisboa. 

A aceitação das variantes brasileiras  <br>no ensino em Portugal
E vice-versa

«Entre as duas normas (a europeia e a brasileira) há mais fatos em comum do que o avesso — do contrário não nos conseguiríamos comunicar —, os cursos de Letras (ou cursos de formação de professores já graduados e atuantes em salas de aula) devem ter em sua grade curricular uma disciplina que ensine sistematicamente as diferenças entre as duas normas/variedades.»

Defende o gramático brasileiro Fernando Pestana num comentário ao problema da aceitação de outras variedades de português que não a nacional (ler "Países de Língua Oficial Portuguesa e norma linguística"), questão que se levanta frequentemente em Portugal, mas também no Brasil. O texto original foi publicado em 11 de outubro de 2023 na página do Ciberdúvidas no Facebook.

Um livro sobre inclusão e diversidade
Duas ou três reflexões sobre mudança gramatical

 «Como linguista – ou porque sou linguista – não uso o sistema ELU. Mas se tiver estudantes que o usem, não corrijo, não sanciono.»

Reflexões da professora universitária e linguista Maria Antónia Coutinho sobre o livro No Meu Bairro e o uso que neste obra se faz do sistema ELU, como forma de linguagem inclusiva. Texto transcrito, com a devida vénia, do n.º 133 da revista digital Blimunda da Fundação José Saramago, de 3 de outubro de 2023.

Os <i>media</i> e a vénia aos reis republicanos
Um casamento como se Portugal ainda fosse uma monarquia

A cobertura noticiosa de um generalizadamente descrito «casamento real», como se tratasse, até, do primeiro casamento real realizado em Portugal em três décadas» — quando Portugal é uma República que aboliu a monarquia há 113 anos.

 

Artigo da jornalista portuguesa Bárbara Reis, transcrito, com devida vénia do diário português Público. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

 

As expressões «pena de morte» <br> e «pena capital»
10 de outubro, Dia Mundial Contra a Pena de Morte

Em Dia Mundial Contra a Pena de Morte, 10 de outubro, a consultora Sara Mourato reflete sobre a origem da expressão pena de morte e a sua sinónima: pena capital.

«Tu tem-lo visto» ou «Tu tem-no visto»?
As formas dos pronomes clíticos

Apontamento da consultora Inês Gama sobre as formas dos pronomes clíticos acusativos segundo as terminações dos verbos.

Apontamento incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 8 de outubro de 2023.