Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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O choque de palavras na faculdade
Regionalismos entre estudantes universitários

«Um dos aspectos curiosos desse primeiro encontro [na faculdade] entre pessoas de todo o país (muitos dos quais serão amigos para a vida) são as pequenas diferenças linguísticas» – assinala* o professor universitário, tradutor e linguista Marco Neves acerca do ambiente universitário como espaço de variação linguística.

*Extrato de um artigo que o autor dedicou ao tema no jornal digital Sapo 24 em 4 de setembro de 2023 e que aqui se transcreve com a devida vénia, mantendo a norma ortográfica de 1945, conforme o texto original.

<i>Espera</i>, <i>expectativa</i> e <i>esperança</i>
A história de três palavras

«A diferença entre espera, expectativa e esperança é o grau de certeza que temos de que algo aconteça» – observa o linguista brasileiro Aldo Bizzocchi neste apontamento publicado em 10 de julho no blogue Diário de um Linguista, a respeito da história do campo lexical da esperança.

Voltámos à “recepção”? <br>  Mas afinal que país é este, hã?
Os erros induzidos pelo Acordo Ortográfico de 1990

«Ironias à parte, é de facto extraordinário como de vez em quando, nos órgãos de comunicação social portugueses, há palavras bem escritas no meio da traficância quase extraterrestre que nos vem contaminando a expressão gráfica (e, já agora, em certas palavras também a fala) desde há uns catorze anos a esta parte, a pretexto do chamado Acordo Ortográfico de 1990 (AO90)» – opina o jornalista português Nuno Pacheco a respeito do estado da ortografia em Portugal num artigo incluído no jornal Público em 31 de agosto de 2023. Texto escrito conforme a norma ortográfica de 1945, seguida pelo autor.

A continuada resistência ao género feminino
Do futebol às séries policiais com mulheres

caso do beijo do presidente da Federação de Futebol espanholaLuis Rubiales, na receção da seleção feminina campeã mundial, só veio dar mais realce à resistência no emprego do género adequado de cargos, profissões e tarefas tradicionalmente exercidos apenas por homens. Recorrente nas desleixadas traduções e legendagens televisivas de séries policiais com mulheres, nos canais de cabo.

O grande carrossel da linguagem inclusiva

«Dizemos que alguém partiu porque não nos apetece ser confrontados com a morte. Falar em apoio às famílias mais vulneráveis é uma forma de esconder os indigentes menos apresentáveis. Não abrange a mulher de idade incerta que dorme na entrada do prédio, nos insulta diariamente e não deve ver água desde o tempo da troika

 
Artigo da jurista portuguesa Eugénia Galvão Teles transcrito, com a devida vénia, do semanário Expresso do dia 18 de agosto de 2023.
Um regalo para os olhos<br> e o seu contrário para os ouvidos
A propósito do Portugal-EUA entre mulheres

A tradicional resistência (dos homens) em seguirem o género feminino ao que é exercido pelas mulheres voltou a ouvir-se na transmissão televisiva do jogo Portugal-EUA disputado em Auckland, na Nova Zelândia.

O fim da escrita manual
... E o que se perde com os emojis do digital
«Em Portugal — observa nesta crónica* o jornalista Luís Pedro Nunes —, há um paradoxo. Os miúdos passam o tempo a exprimir-se de forma digital, mas nos testes e exames é-lhes exigido formular ideias, pensamentos e teorias em escrita manual. E aqui temos uma questão. A forma como se pensa quando se escreve num computador ou em escrita cursiva não é completamente idêntica. Caprichos do cérebro. »
 
*in semanário Expresso, do dia 23 de julho de 2023.
«Deixa de andar na Lua e desce à Terra»
Será esta expressão um provérbio?

A frase «Deixa de andar na Lua e desce à Terra» foi o tema abordado pela consultora do Ciberdúvidas Inês Gama, no programa Páginas de Português, da Antena 2.

Acordo Ortográfico de 1990: o rei vai nu
Ainda a propósito de Félix

«João Félix e um João Feliz só se distinguem segmentalmente pela vogal da primeira sílaba dos respectivos apelidos. A pronunciação de Félix é uma excepção linguisticamente justificada. No entanto, soube há pouco tempo, o próprio João Félix, apesar de lhe terem indicado a regra, adopta a pronunciação que vai contra a norma (final /ks/).»

Observações de Francisco Miguel Valada, publicado no suplemento Ipsílon do jornal Público no dia 28 de julho de 2023, acerca de algumas incoerências na pronúncia de nomes próprios e da postura de determinadas figuras em relação ao Acordo Ortográfico de 1990. O texto segue a norma ortográfica de 1945.

Da <i>alva</i> ao <i>camauro</i>
O que veste o Papa?

O Jornal de Notícias, a propósito das Jornadas Mundiais da Juventude, que se realizam em Portugal a partir de 1 de agosto de 2023, apresentou, em 18 de julho de 2023, a denominação de nove peças de roupas ou acessórios utilizados pelo Papa Francisco.

Texto da autoria da jornalista Emília Monteiro