Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Obscenidades e terapia em «vidas cantadas»
Sobre o livro Vidas Cantadas – um legado de Samora Machel

O recentemente publicado livro Vidas Cantadas – um legado de Samora Machel (um olhar sobre as canções de trabalho), da autoria do moçambicano Luís Loforte, sob a chancela  da Pemba & Sêwi Editores (2023), é assim descrito* pela professora da Universidade Católica de Moçambique Sara Jona Laísse: «Um majestoso registo, no qual [se] transcreve e interpreta canções de e no trabalho, mas também canções que cantam vidas e o quotidiano; algumas vezes contrapondo a sociedade moçambicana à portuguesa. [Como] uma demanda social, preenchendo um vazio que ainda se faz sentir em Moçambique.»

 

*in jornal digital 7Margens do dia 22/06/2023. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945. 

A palavra <i>mesmo</i>
As várias classes de pertença

A identificação da classe a que pertence a palavra mesmas na frase «Ela dizia mentiras e eu nunca me dei conta das mesmas» constitui o assunto deste apontamento da professora Carla Marques.

 

in  Página de PortuguêsAntena 2, 18/06/2023

Má sorte ter nascido em Portugal
Acerca do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

«Tivesse sido criado noutro país do norte global e teria já sido alvo de reconhecimento e apoio, além de objeto de trabalho científico. Mas nasceu em Portugal... Estará o português condenado a nunca ter norte?» 

Artigo da linguista  e professora universitária portuguesa Margarita Correia acerca do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, publicado no dia 19 de junho de 2023 no Diário de Notícias.

Mambos da Nguimbi: Vos merece!
A realidade social em Angola no léxico popular luandense

«Bungle bangle (...), "vão rir", "vão gostar", "bilingue", "jajão", "do game", "nos merece, andamos muito", "tudo pela bancada"» são algumas das  expressões mais criativas do léxico popular luandense, ilustrativo da dura realidade socioeconómica na capital angolana 

 Crónica da autoria do publicista angolano Carlos Renato, transcrita do diário luandense Novo Jornal do dia 17 de junho de 2023. Escrita segundo a norma ortográfica de 1945, oficial ainda em Angola.

Maluquices das traduções de português…<br> para português

«Como soaria Drummond de Andrade aportuguesado? E Fernando Pessoa abrasileirado? Há termos que desconhecemos?»

Artigo do jornalista português Nuno Pacheco, transcrito do Público do dia 14 de junho de 2023. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945. 

A origem de <i>livro</i>
Do proto-indo-europeu ao português

«Antes do significado semelhante ao nosso, a palavra [livro] quis dizer algo como «a parte interior da casca da árvore», remetendo para os materiais em que se escrevia. Se empurrarmos um pouco mais a nossa geringonça do tempo, chegamos a uma língua falada há 5000 anos: ao proto-indo-europeu, que deu origem a quase todas as línguas da Europa (e mais umas quantas noutras paragens).»

Apontamento que o professor universitário e tradutor português Marco Neves dedica às origens mais remotas da palavra livro, no blogue Certas Palavras, em 14 de junho de 2023. Escrito conforme a norma ortográfica de 1945.

O termo <i>acordeona</i>
À volta do instrumento musical associado às festas populares

A consultora do Ciberdúvidas Sara Mourato escreve neste texto sobre a origem e as diferentes denominações e grafias do instrumento musical em Portugal conhecido como acordeão

<i>Quo vadis?</i>
Significado da locução latina

O apontamento da professora Carla Marques aborda o significado da locução latina quo vadis.

in  Página de Português, Antena 2, 11/06/2023

Luís de Camões e «outra coisa»
A propósito da comemoração do 10 de Junho em Portugal

«Todos conhecemos o famoso verso do Canto VII d' Os Lusíadas: «numa mão sempre a espada e noutra a pena», com que Camões se descreve a si próprio. A maior parte da pessoas pensa: ah, pois! O grande herói da Índia, dos Descobrimentos, do Império! A espada e a pena, as armas e as letras! Só que não é nada disso. A espada de que fala Camões é outra espada.»

Apontamento do professor universitário, classicista, tradutor e escritor Frederico Lourenço a propósito da passagem de mais um 10 de Junho e dos tabus que rodeiam a interpretação da obra épica de Luís de Camões.

 

 Lembrar Luís de Camões, «numa época de apoucamento da língua»
A propósito do 10 de Junho

«Referir Luís de Camões implica forçosamente falar da Língua Portuguesa, com o mal-estar que ressalta de ser ostensivamente tão mal-amada por “gente surda e endurecida” que se pavoneia pelo Poder e outros lugares. Confirma-o o privilégio dado ao texto utilitário em detrimento do literário, de que é exemplo o estudo do poeta, lírico e épico.» Considerações de Maria do Carmo Vieira, professora de Português, tecendo críticas ao que ela considera «o caos no ensino do Português», a propósito do Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas, festejado em 10 de junho. Artigo de opinião incluído em 8 de junho de 2023 no jornal Público. Transcreve-se aqui, com a devida vénia o texto, mantendo a norma ortográfica de 1945, seguida pela autora.