Um substantivo comum de dois géneros/gêneros (frequentemente chamado simplesmente comum de dois) é um substantivo que tem dois valores de género/gênero possíveis, sendo que a escolha de um valor não tem consequências morfológicas (a palavra mantém-se inalterada independentemente do género) mas tem consequências sintácticas/sintáticas, pois este substantivo tem a capacidade de desencadear alterações morfológicas nas palavras que com ele concordam.
Exs.: «o intérprete/a intérprete, o jurista/a jurista».
Um substantivo sobrecomum é um substantivo que não admite contrastes de género/gênero, nem marcados morfologicamente nem marcados sintacticamente/sintaticamente, apesar de referir entidades de um e outro sexo. Ex.: «a pessoa, a criança, o indivíduo, o cônjuge, a testemunha, a estrela (de cinema)».
Um substantivo epiceno é um substantivo que designa animais e que possui apenas um género/gênero gramatical, embora possa referir animais de ambos os sexos. Ex.: «a cobra, a águia, o jacaré, a onça, a foca». O género/gênero natural do animal a que um nome epiceno se refere pode ser desambiguado pela aposição de «macho» ou «fêmea» ao nome, sem concordância de género/género entre este e o elemento aposto: «uma cobra-macho, um gavião-fêmea». Por vezes, o termo «epiceno» é utilizado também para falar de nomes sobrecomuns.