Os nomes sobrecomuns, comuns de dois e epicenos estão contemplados no Dicionário Etimológico (DT), mas a dificuldade em os encontrar deve-se ao facto de não figurarem na parte (B.3.1.) da classe dos nomes – nome próprio, nome comum, nome coletivo, nome contável e nome não contável –, como poderia parecer mais lógico.
Uma vez que esses três tipos de nomes se distinguem dos outros por se tratarem de casos especiais relativos ao género (masculino, feminino), surgem na parte da morfologia flexional (B.2.1.) citados no corpo do texto sobre género (incluído no tema da flexão), como se pode verificar através da respetiva citação:
Género
Categoria morfossintáctica que está presente em todos os nomes, em alguns adjectivos (os adjectivos biformes) e em alguns pronomes. Em português, há dois valores de género: masculino e feminino. Nos nomes que referem uma entidade animada (uma pessoa ou um animal), o valor de género corresponde, tipicamente, a uma distinção de sexo (i), excepto no caso dos nomes epicenos (como "sapo" ou "corvo"), sobrecomuns (como "vítima" ou "cônjuge") e comuns de dois (como "estudante" ou "jornalista") e ainda em casos irregulares (como no par “cavalo”/”égua”). Nos restantes nomes, esta correspondência não se verifica (ii).