1. Retomam-se as atualizações trissemanais no Ciberdúvidas – às segunda, às quartas e às sextas –, ao mesmo tempo que em Portugal recomeçam as aulas em ano marcado pelos múltiplos efeitos da pandemia de covid-19 na vida pessoal e coletiva. Apesar das medidas restritivas da mobilidade e das atividades presenciais, os atuais meios digitais têm-se revelado um canal prodigioso para quebrar o isolamento – desde que usados com responsabilidade e paciência, dando tempo ao entendimento interpessoal. Surgido em 1997, o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa nasceu precisamente da consciência de estes recursos terem um papel na aproximação entre países e comunidades de língua portuguesa. Mais de duas décadas passadas, regista-se a satisfação de rever este espaço ativo, dedicado à divulgação e debate de questões da língua portuguesa, na sua diversidade histórica, geográfica e social. Voltam, portanto, a ter presença assídua os conteúdos do Consultório e das demais rubricas do Ciberdúvidas (ver igualmente aqui e aqui), em sintonia com a atualidade noticiosa em que a língua é tema e ao encontro de quantos no dia a dia se preocupam com os seus usos.
Apesar da pausa de verão, no Ciberdúvidas, foram sendo recolhidos da comunicação social e transcritos com a devida atribuição conteúdos para as diferentes rubricas. Na primeira quinzena de setembro de 2020, ficaram em linha os seguintes artigos: "O inglês é mais apto do que o português em termos lexicais"; "Começar e recomeçar", "E se um jornal de Goa voltar a escrever em português?"; "Pai"; "Cidadão-doutor".
2. «Falar português é uma forma de afirmação [...] sobretudo da importância que a língua deve ter no panorama internacional», sustenta em O nosso idioma a professora e linguista Carla Marques, numa crónica a respeito da menorização do português implícita no abuso dos anglicismos. Na mesma rubrica, o tradutor Gonçalo Neves dedica um apontamento à forma correta de mencionar o antigo nome latino da cidade minhota de Vizela – Oculi Calidarum.
3. Ainda em O nosso idioma, o glossário "A covid-19 na língua" recebe novas entradas: novo confinamento e trabalho em espelho.
4. Na Montra de livros, Paula Torres de Carvalho apresenta Nação Valente, um livro de Hélder Reis, sobre curiosidades da história de Portugal.
5. A vida rotineira não dispensa o rigor na oralidade nem na escrita. No Pelourinho, fala-se de compras e de supermercados, a propósito de um anúncio em que Sara Mourato deteta erros graves de ortografia e pontuação.
6. O verbo inserir tem dois particípios: inserido e inserto. Qual é mais correto? A resposta faz parte do regresso das atualizações do Consultório, que neste dia aborda ainda outros tópicos: como aportuguesar Daesh? E que significa a etiqueta SCOMP nos estudos de linguística? O significa lapedo? Há algum sinónimo da expressão «bem-vindo novamente»? Qual é a etimologia da palavra onça, em referência a um animal?
7. Do que, em diferentes órgãos de comunicação, se tem dito e comentado sobre a língua portuguesa, transcrevem-se, com a devida vénia, para O nosso idioma os seguintes textos: do humorista português Ricardo Araújo Pereira, "O covidioma" (Visão, 10/09/2020); e do jornalista brasileiro Ruy Castro, "Palavras no bisturi" (Diário de Notícias, 12/09/2020).