A forma «são» é preferível atendendo ao predomínio da concordância no plural e à própria sonoridade da frase.
De uma forma geral, nas frases copulativas, assinalam-se situações em que o verbo concorda não com o sujeito, mas com o predicativo (ver textos relacionados).
Por vezes, a opção está também relacionada com o ritmo ou a sonoridade da frase em função da flexão do verbo no singular ou no plural.
No caso da frase em apreço, a frase apresentada em (1) parece preferível:
(1) «Todos os dias são dia da criança.»
Relativamente a esta situação, Raposo afirma que «[q]uando o sujeito e o predicativo desencadeiam flexão verbal em número de valor diferente – singular e plural –, é o valor plural que tem primazia na concordância verbal, independentemente de se manifestar no sujeito ou no predicativo»1.
Neste caso, a opção será, pois, a de fazer concordar o verbo com o seu sujeito.
Disponha sempre!
1. Raposo et al., Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, p. 2483.