Quarentena; quarentenar; "quarentener"; «quatro medidas de ouro»; «questão humanitária»; ou quilombolas.
— Quarentena. Com as medidas sanitárias decorrentes do combate ao covid-19, o sentido de sempre palavra – «período de 40 dias» – tomou outra significação: «período de isolamento» duração do referido intervalo. Inicialmente, o período de quarenta foi de 14 dias, mas, posteriormente, foram implementadas variações no tempo de duração. Também chamada isolamento profilático. Cf. Isolamento + Fadiga da quarentena
Cf. Quarentena: o que é? + Coronavírus: Macron põe a França de quarentena + Governo [brasileiro] edita portaria que autoriza internação e quarentena compulsória + Texto português do século XVI mostra eficácia da quarentena
— Quarantines. Anglicismo formado pelos termos quarantine + teens, desiganativo da geração nascida durante o confinamento — bebés conhecidos também como coronials ou coronababies. Cf. Bebés + Covidivórcios
Cf. De 'Covidivórcios' e 'Coronababies': a vida durante um confinamento
— Quarentenar. Verbo intransitivo significando «fazer [a] quarentena».
— "Quarentener". Palavra usado no Brasil, formada a partir da junção do radical quarenten- ao sufixo inglês -er, que com o significado de «apoiante», «defensor». O termo refere o grupo dos defensores do isolamento social como forma de combater a pandemia, que tem a oposição dos "cloroquiners". Cf. Cloquiner + Carreata + Panelaço
Cf. A guerra entre "cloroquiners" e "quarenteners" + Guerra entre "cloroquiners" e "quarenteners" reinventa polarização na pandemia
— «Quatro medida de ouro»... para um Natal seguro – segundo as autoridades e especialistas de saúde: «Fazer as compras natalícias mais cedo; evitar reuniões com pessoas fora do círculo social; não passar a noite de Natal com a família e ficar em casa se tiver algum sintoma sugestivo da covid-19; e tornar os sete a dez dias antes do dia 24 e 25 de dezembro “especialmente restritos em termos de contactos”.» Cf. Natal semidesconfinado
— «Questão humanitária». Assim classifica Bill Gates, referindo-se às prioridades e estratégias do combate à pandemia, numa altura em que o mundo e sobretudo os Estados Unidos da América começam a soletrar a palavra mágica de 2020: vacina. «Queremos que a economia mundial continue. Queremos minimizar as mortes. A tecnologia base da vacina [nos EUA] é de uma empresa alemã (BioNTech) e bloquear a cooperação internacional será um erro na gestão da pandemia. Uma questão humanitária: é preciso aumentar a capacidade de produção e da sua distribuição. Haverá outras que serão aprovadas nos próximos meses e cuja fabricação e distribuição será mais fácil, mas se os EUA também beneficiaram com o conhecimento e o trabalho de outros países, não deveria ser totalmente egoísta na forma como está a avançar.» Cf. Ajuda humanitária + Boia de Salvação + Covax + Plano de vacinação + OMS + ONU + Vacina
— Quilombolas. Espalhados por mais de 15 mil comunidades por todo o Brasil, para estes descendentes dos antigos escravos negros — conhecidos desde o período colonial com a revolta do Quilombo dos Palmares, na segunda metade do século XVII, a cerca de 70 quilómetros a oeste do litoral de Pernambuco, na Serra da Barriga, local de densas florestas de palmeiras (daí o nome Palmares) — a pandemia não é a única ameaça: veio expor a sua vulnerabilidade e a inexistência de políticas consistentes nos últimos 100 anos. Estima-se que nestas comunidades haja cerca de 3500 infetados e mais de 130 mortes. Cf. #UseMáscara
Cf. Covid-19: Pandemia atinge comunidades quilombolas + COVID-19 no Brasil: Pandemia avança nos quilombos