Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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<i>Retribui</i> ou <i>retribuí</i>?
Uma questão de acento

Na frase «Eu retribuí/retribui o telefonema do João», a forma verbal leva acento no último i? A professora Carla Marques aborda a questão da acentuação em palavras agudas.

Quem dera que fosse ficção...
Língua literária e norma culta

«Hoje acordei pensando nessa dissonância cognitiva com a qual certos linguistas vêm alimentando sua alma com relativizações que negam a realidade de existirem textos mais bem escritos do que outros» – observa o gramático brasileiro Fernando Pestana nesta reflexão sobre o valor da expressão literária como fonte da norma culta.

O adjetivo <i>maquiavélico</i>
A origem de um termo

A palavra comummente utilizada para definir alguém que se carateriza pela astúcia e vontade de não olhar a meios para conseguir o que se pretende é maquiavélico. Neste apontamento, a consultora Inês Gama aborda a origem deste adjetivo.

Simplificar e popularizar a linguagem
A questão da linguagem simples no sistema judicial do Brasil

«Há séculos de estudo filosófico no campo da lógica, da retórica e da argumentação. Esses estudos convergem em mostrar que a complexidade de organização do pensamento, a seleção vocabular e as construções sintáticas fazem parte da própria ação de linguagem necessária. Reduzi-la a uma dimensão forçosamente simples é, em última instância, limitar a capacidade expressiva da língua [...].»

Trabalho da autoria do linguista brasileiro Jefferson Evaristo publicado em duas partes no mural de Facebook Língua e Tradição nos dias 20 de julho e 17 de agosto de 2024, a propósito dos possíveis problemas do Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples e do Projeto de Lei 6256/19, que visam implementar a linguagem simples na comunicação pública.

Os continuados maus-tratos ao verbo <i>haver</i>...
... e a falta nas redações de quem o salvava

O continuado atropelamento do verbo haver... por quem – e onde – menos se esperaria.

 

 
O verbo <i>haver</i> não tira férias
«À segunda» já não será tão previsível

Sobre amores e desamores no seio da política portuguesa, numa breve notícia da revista Vidas do Correio da Manhã (24/08/2024), escreveu-se erradamente «à segunda» com o verbo haver – « segunda». Parece que o calor do mês de agosto não está só a afetar as relações amorosas em Portugal. 

A pronúncia de <i>rentrée</i>
"Rantrrê” ou “reentrê!?...

«A rentrée política marca – como é sabido – o reinício da atividade política após as férias de verão» – observa o consultor Paulo J. S. Barata a propósito de como se pronunciou o galicismo rentrée na cobertura televisiva da festa do Partido Social-Democrata (PSD) que teve lugar em 14 de agosto, na Festa do Pontal (Quarteira, Algarve).

O que é a natureza?
Dicionário inglês instado a incluir os seres humanos na definição

«Todos os dicionários ingleses definem natureza como uma entidade separada e oposta aos seres humanos e às criações humanas – uma perspetiva que, segundo os ativistas, perpetua a relação problemática da humanidade com o mundo natural» – pode ler-se no artigo do jornalista britânico Damien Gayle a respeito da definição da palavra natureza (nature, em inglês) publicado no jornal The Guardian no dia 27 de julho de 2024. Tradução do inglês com adaptações.

Traduções… de ouvido

O disparate da legenda ocorreu numa das transmissões televisivas da cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris, mas nada garante que ele não se repita agora para os que se lhes seguem, os mal-denominados paralímpicos. Fossem só esses os tropeções afrancesados…

Os descaminhos do Instituto Camões
A falta de cooperação com a Guiné-Bissau

«Sendo Camões um nome maior da literatura e da cultura portuguesas, merece que a instituição, que do seu nome faz bandeira, o honre e aja em conformidade. Não tem sido assim.»

Artigo de opinião da professora Arlinda Mártires incluído no jornal Público em 15 de agosto de 2024 e aqui trasncrito com a devida vénia. Mantém-se a ortografia de 1945, conforme o original.