Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Quem nos manda usar o português <br>que se fala em Lisboa?
Língua e autenticidade na escrita literária

«Tomar o português lisboeta como neutro, relegar o calão para as caves da produção literária, cria uma falsa neutralidade que tem como efeito literal a horizontalização de uma arte que não só se quer múltipla como se quer capaz de dizer a vida, com textura e corpo» – defende a escritora e crítica literária  portuguesa  Ana Bárbara Pedrosa, neste artigo de opinião à volta da importância que a representação da variação e dos desvios linguísticos pode ter na criação literária.

Texto incluído no jornal digital Observador em 5 de julho de 2025 e aqui divulgado com a devida vénia, escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

 

Para quê tantos anglicismos nos CTT?
A propósito da expressão «hora de corte»

Em Portugal, nas lojas e pontos dos serviços dos CTT, lê-se «hora de corte» com o significado de «hora limite para recolha de correio». O consultor Carlos Rocha interroga-se sobre o sentido de corte na referida expressão, num apontamento que revela igualmente como um serviço de correios, com longa tradição em Portugal, usa anglicismos esquecendo-se do vernáculo.

A língua que os jovens usam na Internet
Empréstimos, abreviações e outro léxico

Neste apontamento, a consultora Inês Gama aborda a língua usada pelos jovens na Internet.

O porquê de eu gostar de falar português
Do alfabeto arménio ao latino

«Passaram já dois anos, um pouco mais, e aprendi algumas palavras. Eis o meu vocabulário: um, dois, três, e «olá, meu amor». «Queria um abatanado, se faz favor.» Depois agradeço. Tenho um caderno onde guardo essas frases todas.»

Apontamento da jornalista arménia Raya Khatcharyan acerca da sua adaptação à língua e cultura de Portugal, num processo em que até a mudança de alfabeto, do arménio para o alfabeto latino, tem profundo impacto psicológico.

Um país ao espelho:<br> o exame de Português hoje
Sobre leitura e escrita no final do Ensino Secundário em Portugal

«Falta, na formação dos professores [...], uma sólida didáctica da literatura e da língua» – sustenta o professor, poeta e crítico literário António Carlos Cortez neste artigo de opinião que tem por tema o exame final de Português para conclusão do Ensino Secundário em Portugal. 

Texto publicado  em 22 de junho de 2025 no Diário de Notícias e transcrito com a devida vénia, mantendo a  norma ortográfica de 1945, conforme o original.

Não «banca rota», mas <i>bancarrota</i>
Uma palavra que já foram duas

A propósito do julgamento do antigo primeiro-ministro português José Sócrates, leu-se a forma errónea "banca rota" num artigo de opinião. O consultor Carlos Rocha explica porque se escreve bancarrota, sem separar banca de rota.

 

 

Errar <i>ad nauseam</i>
Equívocos televisivos

Há expressões erradas que se repetem ad nauseam, e tudo piora quando esta locução latina é também mal pronunciada. Um apontamento do consultor João Nogueira da Costa.

Amamos a etimologia!
Formação popular e formação erudita das palavras

«Quando buscamos as datas de entrada de cada palavra na língua [...], vemos sempre que as de formação popular são mais antigas que as de formação erudita. Estas foram convidadas a participar da festa do idioma principalmente no período renascentista, quando a língua passou a ser empregada em domínios intelectuais onde antes só vigorava o latim.»

Apontamento publicado em 5 de julho de 2025 no mural do autor no Facebook e aqui divulgado com a devida vénia.

 

O comparativo de inferioridade de <i>grande</i>
«menos grande do que»

O uso do comparativo de inferioridade de grande numa frase como «A minha casa é menos grande do que a tua» é aceitável? A professora Carla Marques aborda a questão no desafio semanal divulgado no programa Páginas de Português, na Antena 2de 13/07/2025.

Coloquialismos do Brasil:  <br>«para mim estudar», «o porquê faltou»
Braquiologia? Contaminação?

«Meu interesse aqui é tentar dar uma explicação sintática para esses fenômenos linguísticos ainda próprios da norma popular, da linguagem coloquial, sobretudo de pessoas com baixo grau de letramento – algumas até com diploma» – adverte o gramático brasileiro Fernando Pestana sobre as construções incorretas «para mim estudar», em lugar de «para eu estudar», e «o porquê ele faltou», em vez de «o porquê de ele faltar». 

Reflexão publicada em 30 de junho no Facebook e aqui transcrita, com a devida vénia.