1. Depois de uma pausa coincidente com o período estival em Portugal, o consultório regressa às suas atualizações regulares. Também voltam ao seu ritmo habitual as demais rubricas do Ciberdúvidas, trazendo para reflexão e debate toda a diversidade de temas que oferecem a atualidade e a história da língua portuguesa em diferentes partes do mundo. É um reencontro, no meio das consabidas dificuldades que infelizmente continuam a ameaçar este serviço, para, mesmo assim, com grande satisfação – acrescida pela aproximação dos 20 anos do projeto aqui desenvolvido –, acolher todos quantos gostam de saber sempre mais sobre os usos e as regras da nossa língua. Bem-vindos, pois, a este recomeço de atividade no Ciberdúvidas.
2. No Pelourinho, um apontamento de José Mário Costa regista a incorreta substituição de enérgica por energética na citação de uma televisão portuguesa do discurso da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ao Senado, que a destituiu em 31/08/2016; e, na mesma rubrica, Filipe Carvalho comenta outro erro teimoso: o castelhanizar sem porquê o apelido do futebolista Renato Sanches. Continua a discussão do uso do ponto abreviativo com o professor Guilherme de Almeida a manifestar a sua posição num texto disponível na rubrica Controvérsias. Em O Nosso Idioma, com a devida vénia às publicações e aos respetivos autores, transcrevem-se dois artigos com o denominador comum da diversidade do português: José Luís Carneiro, que, em Portugal, assume atualmente o cargo de secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, escreve sobre os desafios do ensino do português no estrangeiro, enquanto a escritora brasileira Ruth Manus se descobre bilingue no contacto diário com o português lusitano.
3. No regresso do consultório, pergunta-se: qual é a origem do geónimo Serra Leoa? Que adjetivos derivam de clímax? É legítimo usar a expressão «de meio-dia», sem artigo definido? Em que aceções se pode empregar o termo ecossistema? «Faz-vo-lo querer ler» é uma frase correta?