A informação aqui recolhida não é conclusiva.
Sobre "Cacães", é topónimo de origem obscura, de acordo com a escassa informação registada no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa (DOELP, 2003), de José Pedro Machado. A própria grafia e pronúncia do topónimo é incerta: atualmente, escreve-se Caçães, com ç, mas em dicionários de toponímia encontra-se a forma "Cacães", que parece mais compatível com a forma medieval Cacanes, provavelmente alatinada (atestada num documento de 976 e noutro de 1258; cf. DOELP).
Quanto a Cô, é também topónimo de origem obscura, que nem sequer tem registo no DOELP. Mesmo assim, é nome conhecido que figura na designação «Feira do Cô», que tem registo no Guia de Portugal (4.º volume, 1964, p. 631): «[...] na aldeia de Penamaior, há, duas vezes por mês, a chamada "Feira do Cô", de gado, num pitoresco terreiro revestido de frondosas carvalhas.»
Nas Memórias Paroquiais de 1758, nas respostas do pároco da freguesia de Eiriz, menciona-se Cô sob a forma Coo: «no lugar chamado de Coo» (cf. José Variato Capela et al. As Freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758 – Memórias, História e Património, 2009, p. 148).
Acresce que, em Barcelos, na antiga freguesia de Mariz (hoje integrada na freguesia de Creixomil e Mariz, no concelho de Barcelos), existe a «rua de Có» ou «rua do Cô», em que o nome Có ou Cô parece ser o mesmo nome que Cô, em Eiriz. Entretanto, foi possível identificar o uso de uma forma semelhante à atesda nas Moemórias Paroquiais de 1758, Coo, como apelido na Galiza (ver Cartografia dos Apelidos de Galicia).
Sobre a origem deste nome também não se achou informação histórica, mas o facto de Cô se usar com artigo definido em «feira do Cô» permite conjeturar que o topónimo em questão deriva de um apelido, não necessariamente galego. Fica aqui a hipótese, à espera de novos dados sobre este topónimo tão curioso.