Segundo F. V. P. da Fonseca, «o plural de leu é, de facto, lei; "leus" é [...] justificado apenas pela ignorância da forma romena» (comunicação pessoal). Este parecer é confirmado pelo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, que regista o referido plural no verbete respeitante ao nome da moeda romena.
Observe-se, contudo, que a entrada de leu no Houaiss não está em itálico, quando seria de esperar que tal configuração gráfica fosse empregada para marcar o facto de a palavra se classificar como estrangeirismo, dado o padrão flexional diferente do português. Parece-me que há aqui uma incongruência, porque, na introdução do dicionário em causa, lemos o seguinte (pág. XVIII): «Entrada, cabeça de verbete ou unidade léxica
[...] vem em negrito e em tipo redondo, se se tratar de língua portuguesa, e em negrito de tipo itálico, se se trata de palavra ou locução de uma língua estrangeira.»
Por outro lado, há nomes de moedas estrangeiras que já foram aportuguesados. É o caso da palavra sueca krona (singular)/kronor (plural) conhecida por coroa, que tem um plural regular, coroas. Outro exemplo é o de yen (moeda japonesa), cujo aportuguesamento é iene/ienes. Sendo assim, não vejo porque não se há-de adaptar leu/lei ao português, dando-lhe a flexão de plural que é própria desta língua: leu/leus.