DÚVIDAS

A grafia de Taquexima

No Extremo Oriente existe uma ilha, a ilha de Takeshima. O nome assim escrito, como se vê, não está aportuguesado.

Procurei a natural e possível forma “Taquexima” no Google, e, embora em nenhum texto recente estivesse presente essa forma, surpreendentemente a encontrei num escrito chamado «Cartas qve os padres e irmãos da Companhia de Iesus escreuerão dos Reynos de Iapão & China aos da mesma Companhia da India, & Europa des do anno de 1549. até o de 1580».

Será passível de consideração essa grafia aportuguesada, mesmo que antiquíssima?

Será que não se usou noutros textos fora dos meios virtuais?

Resposta

A grafia Taquexima pode e deve ser considerada.

Observa-se a tendência para usar a grafia internacional, geralmente de procedência inglesa. Mesmo assim, no uso de topónimos japoneses podem considerar-se três situações:

1. Há formas de topónimos japoneses que estão aportuguesadas e se usam sem hesitação: Tóquio, Nagasáqui, Osaca, Quioto.

2. Há outras que têm aportuguesamento tradicional que, por vezes, é preterido pela forma internacional: Hiroxima (melhor que Hiroshima).

3. Mas há outros nomes que se usam com a grafia internacional: Honshu

O caso de Taquexima insere-se em 2. Como se trata de um nome pouco usado – apesar de se tratar de território disputado, e, portanto, ser suscetível de atrair a atenção mediática em português –, não parece haver resistência à forma portuguesa e, portanto, nada há que contrarie o seu uso.

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