O princípio da eufonia é o critério fundamental para a colocação pronominal.
Assim, para o falante europeu é mais agradável o uso generalizado da ênclise (ex: «Empresta-me o jornal.») enquanto para os brasileiros é mais natural a próclise (ex: «Me empresta o jornal». «Me faz um favor»).
De qualquer modo, o padrão culto/escrito, regido pela gramática normativa, obedece a determinadas regras de colocação que guardam forte influência do português europeu. Quanto ao 'que', seja conjunção integrante ou pronome relativo, atrai o pronome oblíquo, na forma da próclise.
«Pensei que lhe ofereceriam flores no aniversário.» «A menina que me chamou era sua aluna.»
O uso da mesóclise, no Brasil, é considerado pernóstico, excessivamente formal, mesmo no falar/escrever culto, ficando restrito às formas do futuro do presente e futuro do pretérito, desde que o brasileiro não encontre outra saída, o que freqüentemente ocorre.
«Oferecer-lhe-ia hospedagem, se tivesse vaga». «Ofereceria hospedagem a ele, se tivesse vaga».