DÚVIDAS

«É de cerca de 30 minutos»
Em conversa com uma amiga surgiu a seguinte dúvida: é correcto[*] utilizar a preposição de após o verbo ser, seguida da locução prepositiva «cerca de»? Vejam-se os exemplos seguintes: 1- «O tempo de espera é de cerca de 30 minutos»; 2- «A média da turma é de cerca de 14 valores.» Grata pelo esclarecimento.   [* N. E. –Manteve-se a grafia correcto, anterior à norma ortográfica em vigor, no quadro da qual se deve escrever correto.]
«Até altas horas» e «a altas horas»
Na seguinte frase o uso de preposição a ou em antes de «altas horas» é obrigatório? «Fotos de alta qualidade até mesmo altas horas da noite.» «Fotos de alta qualidade até mesmo a altas horas da noite.» Pergunto, porque acreditava que a elipse da preposição era permitida e recorrente em casos nos quais a circunstância adverbial fica clara pelo contexto, mas fui informada de uma regra que diz que o uso da preposição é obrigatório para evitar ambiguidade entre tempo contínuo e um período determinado de tempo. Essa regra procede e se aplica ao contexto acima?
«Pelo arco-íris» vs. «por o arco-íris»
Tenho uma dúvida suscitada por um amigo meu brasileiro. Esse meu amigo referiu há uns dias que, no Brasil, a frase «estou fascinado pelo arco-íris» é considerada pouco apropriada para um texto erudito. Isto por muitos escritores brasileiros considerarem que a contração pelo, que é resultado da aglutinação da antiga preposição per com o artigo ou pronome lo ou resultado da aglutinação de por e o, é informal e deve ser substituída por «por o», ficando: «Estou fascinado por o arco-íris.» Eu, que sou português, pergunto agora se aqui em Portugal se segue similar ideia. O que será mais conveniente para um texto erudito do português europeu? «Estou fascinado pelo arco-íris», ou «Estou fascinado por o arco-íris»? Desde já agradeço a atenção dispensada.
Preposições que introduzem complementos do nome
Começo por agradecer a qualidade do vosso serviço. A dúvida em questão relaciona-se com o facto de, no Dicionário Terminológico, todos os exemplos de complemento do nome introduzido por preposição sejam com de. Questiono se poderão os seguintes casos ser complemento do nome: «A paixão [ por Pero Marques]»; «A diferença [entre um e outro]»; «A discussão [sobre o assunto]»; «A resposta [ao pedido]». Sem mais, reforço a gratidão e envio os meus agradecimentos.
As orações relativas introduzidas por preposição no português e no castelhano
É correto dizer «O homem de que te falei» / «O homem do que te falei», ou devo dizer exclusivamente «o homem do qual te falei»? De igual maneira, posso usar indiferentemente as suas formas no seguinte caso, ou usar o que com preposição é incorreto/arcaico/extremamente formal? «A pessoa com a qual trabalho.» / «A pessoa com a que trabalho.» Agradeço muito a resposta.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa