Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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O almofariz
Milenar instrumento de multiúsos

A origem etimológica, função e a história, ao longo dos tempos, do também denominado gralmoedor ou morteiro — que, no Antigo Egipto, era feito de pedra e noutras civilizações em madeira, chumbo, estanho  ou bronze e, já mais, recentemente, em porcelana e em vidro.

Texto-apresentação da exposição O Almofariz – no tempo e nos espaços, da coleção do autor, patente na  Biblioteca Municipal Luís de Camões, em Alvito, de 5 de março a 5 de abril de 2022.Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Os provérbios da guerra
As marcas da guerra na língua

«Também no campo da fraseologia, a guerra deixa as suas impressões. Os provérbios expressam, não raro, um saber secular moldado na experiência de vida do povo», escreve a professora Carla Marques neste apontamento dedicado às influencias da guerra na criação de provérbios. 

<i>Oligarquia</i>, <i>oligarca</i> e <i>oligárquico</i>
Etimologia e significado

Oligarca entrou no léxico corrente com o desenvolvimento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Trata-se de uma palavra até recentemente pouco usada no discurso mediático, cujos significados e origem, Carlos Rocha, coordenador executivo do Ciberdúvidas, explica neste apontamento. 

Resistência
Significados de recuperação cíclica

Resistir significa, desde a sua origem «ficar firme», «aguentar». Esses são os sentidos que continuam a ser atualizados em plena guerra entre Rússia e Ucrânia, como recorda a professora Carla Marques nesta sua crónica.

História das línguas de Lisboa
Antes de Portugal

«Há 7000 anos, quem vivesse à volta do estuário do Tejo ouviria palavras de viajantes de outras zonas da Ibéria, que falariam [várias] línguas antigas. Não seria impossível encontrar falantes do basco da época, do tal ibérico, de línguas mais próximas que hoje não têm nome — e ainda palavras das línguas do Norte de África. Não se ouviria, certamente, uma só língua. É difícil reconstruir a paisagem linguística desses tempos. Temos apenas vislumbres.» 

Texto do tradutor e professor universitário Marco Neves, dedicado à história das línguas que se falaram em Lisboa, das mais remotas, pré-indo-europeias, até à implantação medieval do galego-português na cidade que veio a tornar-se a capital do reino de Portugal. Transcreve-se com a devida vénia o artigo publicado no blogue Certas Palavras em 6 de março de 2022, mantendo-se a grafia do original, que segue a norma ortográfica de 1945.

 

Sonhar em português no Museu da Língua Portuguesa
A magia de um património linguístico

«Além da exposição principal e permanente, o Museu tem exposições temporárias que são verdadeiras experiências artísticas, sensitivas e culturais.» Crónica da linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Baía) incluída na emissão do programa Páginas de Português pela Antena 2, em 27 de fevereiro de 2022. A autora assinala a reabertura do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, corrida em 31 de julho de 2021, recordando a sua história e dando conta de como este espaço recuperou o anterior dinamismo e se refez dos estragos causados pelo incêndio que o destruiu em 2015.

A derivação no contexto do Português <br> como Língua Estrangeira
A importância do seu ensino

A importância do ensino da morfologia derivacional no contexto do Português como Língua Estrangeira (PLE) é o tema de uma reflexão de Inês Gama, que considera que «no ensino da formação de palavras, cabe ao professor dotar os aprendentes de estratégias que lhes permitam entender o funcionamento do léxico da língua, nomeadamente os processos que intervêm na sua criação, como é o caso da derivação».

Guerra
Das palavras aos atos

conflito na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia abre caminho à palavra guerra, cuja origem e evolução se explora na crónica da professora Carla Marques

O léxico da guerra Rússia-Ucrânia
Topónimos, neologismos e outros

«O conflito entre a  Rússia e a Ucrânia  está não só a abalar o mundo como também, no caso português (e noutros não será diferente), a própria língua, que se vê na necessidade de referir novas realidades e de designar locais, pessoas ou acontecimentos respeitantes a realidades distantes e com pouca tradição de referência na língua», refere-se neste apontamento dos professores Carla Marques e Carlos Rocha dedicado a questões lexicais que emergem na língua a propósito da atualidade noticiosa em torno do diferendo entre os dois países.  

A gramática e o género
Posições que ferem a igualdade de género

«Presidente, para quem não sabe, é o particípio presente do verbo "presidir". Assim era no latim (praesidente(m), no acusativo). Ora, no particípio presente, apenas existe uma forma, seja para o masculino, seja para o feminino» – afirma o professor universitário Carlos André, num artigo onde analisa a questão do género do ponto de vista etimológico e morfológico. Apontamento da página de Facebook do autor, em 13 de fevereiro de 2022 (artigo aqui transcrito com a devida vénia).