Como se classifica a expressão «ora essa»? Esta é a pergunta que motiva o apontamento da professora Carla Marques no âmbito da Dúvida da Semana, rubrica divulgada no programa Páginas de Português, da Antena 2, (01/12/2024).
Como se classifica a expressão «ora essa»? Esta é a pergunta que motiva o apontamento da professora Carla Marques no âmbito da Dúvida da Semana, rubrica divulgada no programa Páginas de Português, da Antena 2, (01/12/2024).
«Parece que o estrago está feito. O estigma sobre [«o mesmo»] é tão grande e vem de todos os lados que o mesmo nem consegue mais se defender» – apontamento do gramático brasileiro Fernando Pestana sobre a censura normativa que no Brasil recai sobre o uso anafórico de «o mesmo»*, em frases como «antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo está parado neste andar».
Texto publicado em 27 de novembro de 2024 no mural do gramático brasileiro Fernando Pestana no Facebook e aqui transcrito com a devida vénia.
N. E. – A jabuticaba ou jaboticaba é uma fruta característica do Brasil, e o seu nome é usado metaforicamente para referir alguma coisa que só existe ou acontece no referido país (cf. "Jabuticaba", Wikipédia).
O neologismo inglês enshittification descreve o processo de degradação de serviços e produtos, especialmente os digitais, à medida que se priorizam estratégias voltadas para o lucro em detrimento da experiência do utilizador. Se o traduzíssemos para português, como ficaria? "Enshitificação", "embostificação", "merdificação" seriam opções aceitáveis, ou a perífrase «degradação das plataformas em linha» é mais adequada? A esta pergunta responde a consultora Sara Mourato, num texto em torno de um anglicismo que ganhou vida em 2022.
Na dúvida desta semana, a professora Carla Marques aborda o significado da expressão «Dez-réis de mel coado» (partilhado no programa Páginas de Português, da Antena 2, em 24/11/2024).
«O estudo da estilística é um verdadeiro treinamento da percepção e da sensibilidade linguística. Aprendemos a olhar para os textos e a procurar neles algo que vá além da superfície.»
Considerações do tradutor e revisor brasileiror William Cruz sobre a estilística, área que tem diferentes vertentes, desde a apreciação da arte de bem escrever à identificação e interpretação da função expressiva dos usos linguísticos, passando pelo estudo sistemático dos estilos literários. Transcreve-se com a devida vénia o texto que este autor assinou em 24 de novembro de 2024 no mural Língua e Tradição, disponível no Facebook.
Bruno Lage, ao afirmar que «o que interessa é responder da forma que todos ansiam», chamou a atenção para a conjugação correta do verbo ansiar.
«[É] importante salientar que as ideias de Labov aqui referidas não advogam a tese de que é dispensável o domínio da norma linguística padrão no seio da sociedade» – argumenta o linguista e filólogo Ricardo Cavaliere a respeito da realidade sociolinguística do Brasil. Segunda parte de uma reflexão publicada no mural Língua e Tradição em 10 de novembro de 2024, no Facebook, e aqui transcrito com a devida vénia.
O valor da locução «a par de» dá matéria ao apontamento da professora Carla Marques, partilhado no programa Páginas de Português, da Antena 2 (em 17/11/2024).
«Já quase generalizada em Portugal, mas erradíssima, é a incompreensível pronúncia da modalidade desportiva que, em língua portuguesa, se escreve râguebi como "reiguebi"» — critica a linguista Carmen Gouveia num apontamento em que reúne alguns maus usos recorrentes nos canais de televisão de Portugal.
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