Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Resgatar o Peter Pan da Terra da Iliteracia
Clássicos e ignorância na atualidade
Por Dora Gago

 «Sim, é verdade, o Capitão Gancho anda por aí. E não, ele não quer devolver as criancinhas aos pais, mas sim sequestrá-las para que se tornem piratas como ele, na Terra da Iliteracia.»

Considerações da professora e escritora Dora Gago acerca do desconhecimento que vai grassando entre os jovens a respeito de obras que eram tidas como clássicos. Crónica publicada no Jornal de Letras, número 1417, de 22 de janeiro a 4 de fevereiro de 2025. Mantém-se a norma ortográfica de 1945, conforme o original.

«Ter de» x «ter que»
Comparação do uso europeu com o uso brasileiro

«O fato de "ter de" + infinitivo talvez ser, no português brasileiro, mais usado em registro formal não torna a construção "ter que" + infinitivo errada ou fora da norma culta» – afirma o gramático Fernando Pestana neste apontamento dedicado ao uso de "ter de" e "ter que" com valor de obrigação. Texto publicado em 1 de fevereiro de 2025 no mural deste autor no Facebook e aqui transcrito com a devida vénia.

Com muita ilusão, «por supuesto»
Um castelhanismo recente?

«Obviamente que vamos a Alvalade com muita ilusão, com muita ambição, para conseguirmos trazer pontos» – declarou o treinador do Nacional da Madeira antes de a sua equipa ser derrotada pelo Sporting em 25/01/2025, em jogo a contar para a Liga Portugal. O consultor Carlos Rocha comenta este uso de ilusão, que acusa um otimismo só justificável em espanhol.

A locução «cerca de»
Identificação da classe de palavras

A professora Carla Marques  identifica a classe a que pertence a locução «cerca de» em construções como «Este trabalho demora cerca de uma hora».

(Programa Páginas de Português, da Antena 2, de 26/01/2024)

O que têm a ver <i>idioma</i> e <i>idiota</i>?
A etimologia de uma família de palavras

«Com o tempo, o conceito de idiota evoluiu de "sujeito simples" para "sujeito estúpido" e, depois, para "sujeito extremamente estúpido"» – sustenta Rafael Rigolon, professor de Ensino de Ciências na Universidade Federal de Viçosa (Minas Gerais) neste apontamento sobre a etimologia e a família de palavras de idiota. Texto publicado no mural Língua Tradição (Facebook) e aqui transcrito com a devida vénia.

 

 

 

 

Futebol e erros que saem caros
Uma tradução duvidosa

O mundo do desporto e, em pasrticula o do futebol,  é terreno fértil para deslizes, até linguísticos. Neste texto, a consultora Sara Mourato dá conta de uso lexical que é bem capaz de ser o resultado uma mal conseguida tradução (automática?) do inglês. 

O <i>corpus</i> literário na tradição gramatical brasileira (I)
Língua escrita e definição da norma

«[A] descrição gramatical far-se-á obrigatoriamente em corpus de língua escrita dada a cabal impossibilidade de fazê-lo em corpus de língua oral» – sustenta Ricardo Cavaliere, linguista, filólogo e membro da Academia Brasileira de Letras, numa reflexão sobre a identificação os registos que facultam modelos de bom uso para as gramáticas prescritivas. Texto publicado na página Língua e Tradição (Facebook, 05/01/2025) e aqui transcrito com a devida vénia.

Casos de contração
Preposição e artigo seguidos de infinitivo

Nesta semana, a professora Carla Marques esclarece as situações em que a preposição de não contrai com o artigo definido.

(Programa Páginas de Português, da Antena 2, de 19/01/2024)

Das fábulas e da evolução dos tempos
Novas versões de histórias antigas
Por Dora Gago

«Se a leitura, as histórias, a ficção são ensaios para a vida, onde podemos experimentar de tudo sem nos magoarmos, não haverá cada vez mais uma tendência para passar uma mensagem de facilidade que não corresponde de todo ao embate contra o muro áspero do real?»

Crónica da professora universitária e escritora Dora Gago a respeito das histórias tradicionais e das novas versões que lhes retiram a moral, transcrita, com a devida vénia, do Jornal do Algarve do dia 18 de janeiro de 2025.

Entre <i>appetizers</i> e <i>awareness</i>
Um banquete de anglicismos

Quando o português não parece suficiente, recorremos ao inglês para um appetizer ou talvez um pouco de awareness. Afinal, porque não usamos a nossa língua quando tal é possível?