Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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O <i>keffiyeh</i>, o <i>cofió</i>, a <i>coifa</i>...
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Um apontamento do consultor João Nogueira da Costa, que o publicou no Facebook em 12/07/2025 e gentilmente o partilha nesta página.

A vereadora que se desdemitiu
Sobre a formação do verbo desdemitir

Em referência a um episódio insólito em Coimbra, em que uma vereadora anunciou a demissão e depois voltou atrás, surgiu o verbo desdemitir. Formado pelo prefixo des- e o verbo demitir, sugere a anulação do ato de demitir. Estará o mesmo bem formado? A esta pergunta responde a consultora Sara Mourato, num texto acerca da formação de verbos que, não sendo recorrentes, exprimem a ideia de separação, afastamento, ablação, ação contrária, de cima para baixo, intensidade ou reforço. 

«Desculpa lá!»
Uma construção coloquial

A construção «Desculpa lá!» é aceitável? A professora Carla Marques responde a esta questão no desafio semanal divulgado no programa Páginas de Português, na Antena 2de 21/09/2025.

«Vai despedir a mãe»
Quando um verbo perde a regência

«Há verbos que exigem uma preposição para o ligar ao seu complemento, conforme acabámos de ver com o verbo ir. No entanto, há aqueles que a dispensam («ouvi vozes»). A presença ou não de uma preposição a seguir a um verbo pode alterar o sentido de uma frase.»

Apontamento do linguista e professor Tomás Calomba (Universidade de Luanda/IPGEST) a respeito do uso de despedir sem regência, que leva a dizer «despedir a mãe» em vez de «despedir-se da mãe». Texto gentilmente cedido pelo autor ao Ciberdúvidas e transcrito mantendo a ortografia vigente em Angola, ao abrigo da norma ortográfica de 1945.

Trema!
Uma história difícil para a cidadania

Um episódio da atual vida política portuguesa recuperou do esquecimento um sinal gráfico que há muito não se usa em Portugal, embora há cerca de duas décadas ainda fosse empregado no Brasil: o trema, ou seja, o sinal de separação vocálica (diérese). Um apontamento de Carlos Rocha.

Na imagem, pormenor do cartaz associado à promoção dos cursos de língua alemã do Goethe Institut em Portugal no ano letivo de 2025/2026 (fonte: página do Goethe Institut Portugal no  Facebook, 12/09/2025). Tradução das palavras e da frase em alemão: Hamburger = hambúrguer; Hamburg = Hamburgo; Bürger = cidadão; Ein Bürger der Stadt Hamburg isst ein Hamburger = «um cidadão da cidade de Hamburgo come um hambúrguer».

Da política, da cultura e dos paraísos perdidos
A «vida líquida» e as ameaças à liberdade
Por Dora Gago

«[...] Basta percorrermos as redes sociais para nos depararmos com aspectos cínicos, manipulados e manipuladores, muitas vezes ao serviço de ideais extremistas, convertidos em sérias ameaças às mais elementares formas de liberdade» – sustenta a escritora e professora universitária Dora Gago num artigo de opinião publicado no Jornal do Algarve de 23 de Agosto de 2025. Mantém-se a ortografia de 1945 conforme o original.

Alguns dos desafios da sala de aula moderna
Entre o progresso e a pressão

Neste artigo de opinião, a consultora Inês Gama discute e analisa alguns dos desafios da sala de aula moderna, destacando o uso equilibrado da tecnologia, a gestão da diversidade estudantil e a promoção do bem-estar emocional.

Qual o significado da palavra <i>pródigo</i>?

O sentido do termo pródigo é o tema do apontamento gramatical da consultora Inês Gama (divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2, em 14/09/2025).

Terminologia gramatical: Brasil x Portugal
As diferenças de duas nomenclaturas

«No site dt.dge.mec.pt, encontramos o Dicionário Terminológico, criado em 2008 para regular e uniformizar a terminologia linguística/gramatical no contexto educativo em Portugal — escolas, livros didáticos, exames. Já a nossa NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira), de 1959, apresenta uma terminologia diferente em alguns pontos da do outro lado do Atlântico, de modo que um aluno brasileiro que estuda no ensino básico em Portugal precisa se adaptar também a isso.»

O gramático brasileiro Fernando Pestana compara as nomenclaturas gramaticais que são seguidas no ensino não universitário em Portugal e no Brasil. 

O
Escrita culta e fala culta

«O maior vacilo dos gramáticos normativos, ao sistematizarem a norma culta, não foi basearem-se no registro culto escrito para a sistematização da gramática da língua portuguesa [...]. O maior pecado deles, na real, foi este: recomendar os modelos dessa norma culta escrita para a... fala, sem criteriosa delimitação e distinção pontual entre fala e escrita cultas.»

Neste artigo de opinião, o linguista e gramático brasileiro Fernando Pestana identifica o motivo das críticas feitas a autores normativos do passado e antevê o aparecimento de novos gramáticos capazes de «descrever para normatizar, objetiva e detalhadamente, a relativa diglossia existente no português brasileiro». Texto que o autor incluiu no seu blogue Textos do Pestana em 10/09/2025 e que se republica aqui com a devida vénia.