Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Que saudades dos tempos em que havia senhores
Formas de tratamento e política

«[Antigamente] grandes empresas ou instituições não me tratavam por tu quando abria os seus sites (que não existiam nessa época) ou escutava a sua publicidade, até porque não me conheciam de lado nenhum» – comenta o escritor e editor Francisco José Viegas a respeito as formas de tratamento usadas em Portugal, em especial, na atualidade política. 

Crónica transcrita, com a devida vénia, do Correio da Manhã de 25 de julho de 2024.

Norma coloquial e norma-padrão: como é em outras línguas?
«Poliglotas na própria língua»

«Há um debate candente nos dias atuais entre certos linguistas “progressistas” e os gramáticos em torno da chamada norma-padrão do idioma, aquela que deve ser usada em textos formais, como documentos, relatórios, livros, teses, trabalhos escolares, etc.» – refere o linguista Aldo Bizzocchi, no contexto da controvérsia entre linguistas "progressistas" e gramáticos, sobre a incorporação de usos da norma culta falada do português brasileiro na norma-padrão escrita, tecendo críticas ao Projeto NURC e mencionando as práticas normativas de outras línguas. Artigo publicado no mural de Facebook Língua e Tradição, em 14 de julho de 2024, e aqui transcrito com a devida vénia.

 

Sobre a palavra <i>democracia</i>
Algumas considerações sobre este termo

Em termos políticos, este ano tem sido agitado, muito por conta das inúmeras eleições que têm vindo a ocorrer no seu decurso em diferentes países. Por esta razão, a consultora Inês Gama reflete, neste apontamento, sobre a história e funcionamento no âmbito do português da palavra democracia.

Uma marcação
Cerrar vs. serrar

Na notícia de um jornal desportivo lia-se que, num jogo de futebol, uma equipa fez marcação "serrada" à sua adversária. A consultora Sara Mourato dedica um breve apontamento a mais um caso das armadilhas da homofonia, desta vez, à confusão entre cerrar e serrar.

Existem «níveis» no uso da língua?
Línguagem literária e norma-padrão

«A linguagem literária é o uso da língua em seu "estado de arte". É exatamente por esse motivo que, ao longo de dois milênios, ela serviu de modelo, de "ideal linguístico" para o chamado "bom uso" da língua registrado nas consagradas gramáticas normativas, que sistematizaram a "norma-padrão".» 

O gramático brasileiro Fernando Pestana sublinha a importância que tradicionalmente se dá ao uso literário da língua para a elaboração da norma-padrão, neste apontamento publicado no mural do Facebook Língua e Tradição, com a data de 8 de maio de 2022.

O ó, que som tem? Até um tambor nos falou de fonética
A relação grafia-fonia

«Para quem acha que «a fonética não se guia nada pela escrita», nada melhor do que ler esta passagem da Nota Explicativa do Acordo (AO90): «Pode dizer-se ainda que, no que respeita às alterações de conteúdo, de entre os princípios em que assenta a ortografia portuguesa se privilegiou o critério fonético (ou da pronúncia) com um certo detrimento para o critério etimológico.»

 Artigo da autoria do jornalista português Nuno Pacheco,  transcrito, com a deviida vénia, do matutino Público de 25 de julho de 2024, sobre a relação entre escrita e fonética na língua portuguesa e no que  o Acordo Ortográfico de 1990 influenciou a pronúncia e a ortografia das palavras. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945

<i>Crucifixar</i> ou <i>crucificar</i>?
A validade do verbo crucifixar na língua portuguesa

O advogado e comentador sportinguista Carlos Barbosa da Cruz afirma que não crucifixa o guarda-redes do Sporting Kovacevic pelo seu desempenho. Mas estará correto o verbo crucifixar? A esta pergunta responde a consultora Sara Mourato, num texto a utilização deste verbo. 

Sabe aquela sensação...?
Em defesa da gramática normativa tradicional

«[A]s famigeradas "gramáticas normativas tradicionais" [...] registram em si o conjunto de usos linguísticos tomados como exemplares, usados pelos homens mais cultos duma sociedade [...]» – defende o gramático brasileiro Fernando Pestana a respeito da tradição gramatical prescritiva neste apontamento transcrito com a devida vénia do mural Lingua e Tradição (Facebook, 04/06/2023).

Género e temporalidade
A arbitrariedade na atribuição de género

Há palavras em português que já tiveram um género gramatical diferente? No seu apontamento desta semana, a professora Carla Marques apresenta a resposta para esta questão.

(apresentado no programa Páginas de Português, da Antena 2)

«É sinal que precisa de um café forte» <br> ou «é sinal de que...»?
A omissão da preposição de

A omissão da preposição de antes de que, em frases como «é sinal que precisa de um café forte», é aceitável? A esta pergunta tenta dar resposta a consutora Sara Mourato, discutindo como, embora esta omissão possa parecer incorreta, está amplamente difundida e é aceite por muitos estudiosos.