1. De regresso às atualizações regulares e desejando a todos os nossos consulentes um excelente 2019, enumeramos os artigos que neste dia entram em linha, na rubrica O nosso idioma:
– No começo de um novo ano, abundam as previsões e os prognósticos, muitos introduzidos pelo modismo «é expectável». Porque não dizer simplesmente «espera-se que....» ou «tem grande probabilidade...»? Num comentário ao uso da estafada expressão, Carla Marques, consultora permanente do Ciberdúvidas, lembra que há formas em alternativa, capazes de diversificar o discurso.
– Mas, afinal, quanto é um bilião em Portugal? E no Brasil? O professor Guilherme de Almeida, especialista em grandezas e unidades físicas, dá os esclarecimentos necessários para evitar certas confusões.
– O plural de livro é livros, mas quantos, por exemplo, no Brasil, já não terão deparado com usos como «os livro», que a norma não aceita? Num texto transcrito, com a devida vénia, do blogue Certas Palavras, o professor universitário e tradutor Marco Neves dá conta de como as estruturas que marcam o plural são suscetíveis de grandes e curiosas variações nas línguas do mundo.
2. Outras rubricas acolhem também novos conteúdos:
– No Pelourinho, um apontamento de João Alferes Gonçalves, publicado originalmente no blogue do Clube de Jornallistas, esclarece a pronunciação do nome do norueguês Ole Gunnar Solskjaer (na foto), que substituiu o português José Mourinho, como treinador do Manchester United.
– Em Ensino, disponibiliza-se um texto de Ana Sousa Martins, coordenadora da Ciberescola da Língua Portuguesa, a respeito da necessidade de devolver à memorização o papel que deve ter na aprendizagem.
– Nas Diversidades, transcreve-se um trabalho do economista Jorge Fonseca de Almeida e publicado em 3/01/2019 no semanário digital O Lado Oculto, à volta do lugar que cabe ao inglês na União Europeia e na sociedade portuguesa.
3. O consultório retoma igualmente a plena atividade: fala-se de discurso indireto, da polissemia do nome atualização, da história do chamado se apassivante, da relação semântica entre cãibra e contratura (ou contractura) e da ordem dos apelidos nos nomes pessoais completos.
4. Entre as várias notícias difundidas pelos media, seleciona-se a da escolha de enfermeiro como palavra do ano em Portugal, na edição de 2018 do passatempo organizado pela Porto Editora. Os outros vocábulos finalistas eram professor e toupeira. A votação incidiu, como é hábito, em palavras recorrentes ao longo do ano transato, em Portugal, como aconteceu com as já mencionadas, em referência aos conflitos laborais que têm envolvido a classe dos enfermeiros e a dos professores dos ensinos básico e secundário, bem como ao caso e-Toupeira, que implica figuras ligadas ao Sport Lisboa e Benfica.
5. Uma última chamada de atenção para o novo texto de Marco Neves (ver mais acima), no seu blogue Certas Palavras, desta vez a respeito de diferentes sistemas de expressar as horas, começando pelo suaíli, língua com estatuto oficial na Tanzânia, no Quénia e no Uganda. Que horas são quando, na cidade queniana de Nairóbi, os relógios (já de si, peculiares) marcam as sete da tarde?