A atribuição [da] designação «loja do cidadão» parece coerente e em uso desde que tal instalação passou a ser disponibilizada.
Contudo, pretendeu-se "reescrever a história" em Leiria, e algum intelecto, talvez instalado num corpo feminino, o que não sei, ou, talvez um pretenso arauto das novas ideologias de género, entendeu que passe a ser «loja de cidadão», substituindo a partícula do por de. Pensei tratar-se de um engano na identificação na entrada, mas concluí que em todos os locais assim se afixa. Aparenta-se estar perante a idiossincrasia de um indivíduo ou grupo que livremente dispõe de nós (quase) todos para se impor. Em todo o caso, o que gostarei de saber é mesmo se a língua portuguesa sai ou não vilipendiada e como se deve escrever e designar a referida loja.
Agradeço.
É correcto dizer-se que uma pessoa "é insuficiente renal"?
[N.E. – Manteve-se a forma correcto, anterior à grafia correto, prevista pela norma ortográfica atualmente em vigor.]
Gostaria de perguntar porque é que na seguinte frase: «Quando foram dizer a Hagrid que lhes abrisse a janela para poderem falar com ele», o verbo abrir vem no conjuntivo.
Sei que há mais construções de Quando + Verbo + Conjuntivo para além desta, como é o caso de: «Quando quiserem que vos diga o que sei, peçam!»
Mas também há outras construções similares em que isso não acontece, como é o caso de: «Quando disserem que não querem isso...» . No entanto, se mudarmos a frase um pouquinho, já vem no conjuntivo outra vez: «Quando disserem ao Francisco que vos abra a porta...»
Porquê estas diferenças?
Agradecia esclarecimento.
Gostaria de saber qual é o termo correto: «à tona de água» (como aparece na obra "A viúva e o papagaio") ou «à tona da água»?
Desde já agradeço a atenção.
Escreve-se «casa editora» ou «casa-editora»?
Como devemos fazer a análise sintática da seguinte frase: «É só não roubares, que não vais para a cadeia.»?
Tenho sérias dúvidas.
Considerar «que não vais para a cadeira» como o sujeito da frase parece-me muito acomodatício. Parece-me mais razoável considerar essa oração como uma oração coordenada explicativa como seria na frase: «Não roubes, que não vais para a cadeia».
Mas neste caso onde está o sujeito da oração «É só não roubares»? Será aqui o verbo "ser" impessoal como em «É meio-dia agora.»?
Podem-me ajudar?
Gostaria, com a devida licença, de discordar de parte da resposta dada a José de Vasconcelos Saraiva, em 24/1/2020, a qual me causou grande estranheza.
Lá se diz:
«No entanto, e apesar da explicação acima dada, é importante citar a Gramática de Português da Fundação Calouste Gulbenkian (2013, p. 2102): «Quando o verbo da oração relativa é ir, embora o valor locativo seja direcional, pode também usar-se o pronome relativo não preposicionado: cf. a cidade onde eles foram é muito longe da minha.»
E se diz mais:
«Ora, esta passagem confirma que, com o verbo ir da oração relativa, podemos optar pelo advérbio aonde ou pelo advérbio onde com um valor locativo dinâmico sem que se incorra em erro.»
Digo eu: se «ir onde» é possível, então tudo é permitido... A entender-se como correta tal construção, é-se autorizado a dizer: "o lugar o qual (em vez de 'ao qual') ele foi é perigoso"; "o lugar que (em vez de 'a que') ele foi é perigoso"
A bem da verdade, não consigo entender por que uma passagem da referida gramática (sem citação da fonte, aliás) pode dar a "confirmação" para se fazer tal uso do advérbio "aonde", contrariando frontalmente a norma e o bom uso de centenas de bons escritores. Aonde se quer chegar com isso?
A propósito, quanto à frase de Camilo («Sabes onde vai bater o meu dinheiro»), na minha opinião, ele usou onde, porque é justamente o advérbio que deveria usar, remetendo a bater (com o sentido de «chegar», mas regendo a preposição em), e não ao verbo auxiliar (ir). Ele, como bom ser humano, poderia ter errado, e não deixaria de ser o consagrado escritor que é, mas não foi dessa vez.
Nunca soube muito bem o significado de relativo e relativizar. Exemplos: «Aquilo é relativo. Tens de relativizar as coisas!» Julgo que neste contexto a palavra relativizar significa desvalorizar. Estou certo? Agradecia que me ajudassem a ficar mais seguro deste termo que se usa muito no dia a dia.
"Trans-histórico", ou "transistórico"?
Uma questão de importância; corrija-me se estiver errado.
«As obras e seu respectivo valor haviam de ser avaliados» (avaliadas as obras, como também o valor; não havendo ambiguidade na sentença)
ou
«As obras e seu respectivo valor haviam de ser avaliadas» (avaliadas só as obras)?
Nesse caso, havendo a possibilidade de se subentender que seriam avaliadas as obras e o valor, haveria então ambiguidade, cabendo ao leitor interpretar o contexto? ) [creio que nessa sentença o termo «avaliadas» só pode se referir a «obras»].
Uma questão de importância do termo a concordar, ou uma restritiva de concordância?
Agradeço logo pela resposta. E parabenizo mais uma vez esse belíssimo trabalho do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.
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