No plural, recomenda-se a pronúncia com o fechado, tendo em conta o exemplo de barroco/barrocos: dorminh[ô]cos.1
No entanto, há oscilações na pronúncia da terminação -oco e das variações no plural e no feminino – passaroco, com "ô", mas pipoca, com "ó" –, o que explica de algum modo que haja dicionários que registam o plural de dorminhocos com o "ó" aberto (p. ex., o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa e o Diconário Priberam). Por outras palavras, na prática, a forma com o aberto tónico não é um erro, e aceitam-se as duas maneiras de pronunciar dorminhocos.
Quanto ao feminino, a situação é semelhante à do plural. Pode manter-se o fechado na sílaba tónica – dorminh[ô]ca –, como acontece com o feminino de barroco, que é barr[ô]ca («arte barr[ô]ca", e não «arte barr[ó]ca"). No entanto, há dicionários (p. ex., o já referido dicionário da Academia de Ciências de Lisboa) que aceitam o feminino com o aberto": dorminh[ó]ca2.
1 O Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), Rebelo Gonçalves associa a dorminhocos a indicação de um o fechado tónico.
2 Para as formas do género feminino, Rebelo Gonçalves (op. cit.) regista as duas pronúncias, com o fechado e o aberto na sílaba tónica.