A frase, extraída do conto “Sempre é uma companhia”, de Manuel da Fonseca, configura a modalidade deôntica.
Na frase não está presente a modalidade apreciativa, porque esta ocorre quando o locutor expressa uma apreciação sobre o conteúdo da sua frase, como em (1):
(1) «Felizmente, o João acabou o trabalho.»
Também não estamos perante um caso de modalidade epistémica, pois esta está relacionada com o grau de certeza que o locutor associa ao conteúdo da sua frase. Assim, poderá usar o valor de certeza quando afirma o conteúdo da frase como certo, como em (2), ou o valor de probabilidade, quando o locutor não se compromete com a certeza do que afirma, como em (3):
(2) «É certo que o João terminou o trabalho.»
(3) «Talvez o João tenha terminado o trabalho.»
Como se pode concluir do que ficou dito atrás, a frase apresentada não configura nenhuma das modalidades referidas. É, antes, um caso de modalidade deôntica, na medida em que o locutor expressa, através do seu enunciado, um valor de obrigação, procurando agir sobre o seu interlocutor.
Disponha sempre!